(At 19,1-8; Sl 67[68]; Jo 16,29-33) 7ª Semana da Páscoa.
“’Vós recebestes o Espírito Santo quando
abraçastes a fé?’ Eles responderam:
‘Nem sequer ouvimos dizer que existe o
Espírito Santo!’” At
19,2.
“Lucas
constrói a sua narração nas grandes cidades. Depois de Jerusalém, Antioquia e
Corinto, agora é a vez de Éfeso (cf. At 19). Dois elementos se cruzam no texto:
a atividade geral, constante, de Paulo, e alguns episódios que se tornam
exemplos de situações e de problemas. Eis então a conversão de alguns
discípulos de João Batista (é o trecho de hoje: vv. 1-7), o conflito com os
exorcistas ambulantes (vv. 12-20), a revolta dos ourives (vv. 23-41). Os três
episódios sevem de exemplo: mostram a confrontação do cristianismo com a
comunidade dos discípulos de João Batista, com a magia e o paganismo.
[Compreender a Palavra:] Chegado a Éfeso vindo das regiões do planalto, Paulo
encontra alguns ‘discípulos’ que não conheciam nem o batismo de Jesus nem o
Espírito Santo. O texto chama-lhes ‘discípulos’, e isto significa que de
qualquer modo os considera cristãos, embora muito incompletos, tendo aderido à
fé (‘Quando abraçastes a fé’) não tinham ainda feito uma opção plenamente
cristã, referindo-se, porventura, ora a João Batista ora a Jesus. Paulo explica
a esses homens que, no pensamento de João, o Batismo por ele ministrado era o
sinal de um regresso a Deus e de uma mudança radical de vida que se teria
realizado aderindo ‘Àquele que ia chegar depois dele, isto é, Jesus’ (v. 4).
Estes discípulos são agregados à comunidade cristã mediante um duplo sinal
eclesial: recebem o Batismo ‘em nome do Senhor Jesus’ (v. 5) e o dom do
Espírito Santo pela imposição das mãos de Paulo (v. 6). Renova-se assim o
Pentecostes, como em Jerusalém (cf. At 2,1-13) e na casa de Cornélio (cf. At
10,44-46)” (Giuseppe
Casarin – Lecionário Comentado [Quaresma - Páscoa] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite