Segunda, 30 de junho de 2025

(Gn 18,16-33; Sl 102[103]; Mt 8,18-22) 13ª Semana do Tempo Comum.

“Mas Jesus lhe respondeu: ‘Segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos’” Mt 8,22.

“O segundo discípulo, do qual nos fala este evangelho, também quer seguir o Mestre; mais ainda: recebe explicitamente o chamado, claro, exigente, taxativo: ‘Segue-me!’. Nosso chamado não foi, seguramente, menos claro nem menos exigente; o Senhor é que nos chamou e nos deu uma missão a cumprir; porque, se nos chamou, com certeza nos chamou para alguma coisa. A condição que o discípulo expõe ao Mestre, como condição prévia para o seguimento, parece à primeira vista totalmente legítima: ‘enterrar seu pai’. Quando resolvi seguir o Senhor, talvez tenha sido mais generoso que esse discípulo; não impus condições. Mas agora, continuo com a mesma generosidade? Não estarei pensando que algumas concessões, que estou me permitindo, não se opõem ao seguimento do Senhor? Ainda que essas concessões sejam, ou pareçam ser, tão legítimas em si como enterrar o próprio pai... Diante da missão apostólica da instauração do Reino de Deus, tudo o mais é como se fosse morto e destituído de valor; daí que aqueles que estão vivendo neste mundo, despreocupando-se com o Reino de Deus e absorvidos pela matéria, é como se estivéssemos mortos. Não nos fixemos tanto na forte expressão do Senhor, mas em seu significado: os direitos de Deus sobre nós e sobre nossa vida são superiores aos outros direitos, inclusive de nossos próprios pais sobre nós” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

 Pe. João Bosco Vieira Leite