Terça, 01 de julho de 2025

(Gn 19,15-29; Sl 25[26]; Mt 8,23-27) 13ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus respondeu: ‘Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?’ Então, levantando-se,

ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria” Mt 8,26.

“A cena da tempestade aclamada retrata a vida do discípulo às voltas com as dificuldades e os desafios que sua opção comporta.  Engana-se quem imagina poder seguir o Mestre Jesus na mais perfeita tranquilidade, sem recorrer o risco de enfrentar perseguições e contrariedades. Nestas horas, é preciso recordar-se que ele está presente, sempre pronto a impedir que seus discípulos venham a sucumbir. Uma leitura simbólica do texto bíblico permite-nos tirar uma lição: entrar na barca com o Mestre, corresponde a ‘embarcar’ na vida dele. A barca simboliza a Igreja, comunidade dos que aderiram a Jesus, dispostos a partilhar sua missão e seu destino. A tempestade aponta para as grandes crises a que a Igreja é submetida, ao longo de sua existência, de forma a provar a autenticidade da fé dos discípulos. O grito desesperado dos discípulos assemelha-se à súplica constante da Igreja, carente de proteção: ‘Senhor, tem piedade de nós!’ A bonança do mar aponta para a paz que só ele pode dar à sua Igreja. Uma paz, porém, não isenta de toda sorte de provações, pois, seguir Jesus é escolher um caminho arriscado e tormentoso. Sem uma fé sólida, o discípulo não tem como perseverar no seguimento do Mestre. E sentir-se-á como se estivesse sempre a ponto de perecer. Só na fé encontrará força para continuar. – Espírito que robustece a fé, dá-me uma fé firme, que não deixe temer as provações que a condição de discípulo comporta” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite