Quinta, 23 de outubro de 2025

(Rm 6,19-23; Sl 1; Lc 12,49-53) 29ª Semana do Tempo Comum.                

“Agora, porém, libertados do pecado e como escravos de Deus, frutificais para a santidade até a vida eterna, que é a meta final” Rm 6,22.

“Continua a argumentação entre o indicativo da condição crente e o imperativo do compromisso responsável consequente. A característica destes versículos é também a dialética entre a atitude de antes e agora (v. 19), com a qual se aproxime a efetividade da mudança acontecida na vida dos batizados: outrora estávamos submetidos ao domínio do pecado, agora estamos livres dele, para vivermos para Deus. [Compreender a Palavra:] A partir de Rm 5, o ‘pecado’ é apresentado por Paulo como um sujeito personificado, para indicar a sua dimensão de estrutura prévia, que condiciona as opções dos indivíduos, Cristo libertou-nos deste domínio. Mas a liberdade do crente não é só uma liberdade do pecado: é necessariamente uma ‘liberdade’ orientada para realizar na vida a vontade de Deus (justiça). Uma liberdade entendida somente como ‘liberdade de alguma coisa’ é pura potencialidade, espaço vazio para a própria autodeterminação, que requer ser preenchido por opções responsáveis e por comportamentos consequenciais. O indivíduo não pode viver num espaço eticamente neutro: ele manifesta, com as suas ações, a sua orientar-se efetivamente para a vontade de Deus. O fruto de uma vida assim orientada é a plenitude da vida na comunhão eterna com Deus e com Cristo Jesus, Nosso Senhor” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite


Quarta, 22 de outubro de 2025

(Rm 6,12-18; Sl 123[124]; Lc 12,39-48) 29ª Semana do Tempo Comum.

“A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!” Lc 12,48b.

“Com as primeiras palavras deste evangelho, volta-se a repetir-nos a lição dada no evangelho anterior, que se pode resumir na seguinte afirmação do divino Mestre: ‘Estais, pois, preparados, porque, à hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem’ (v. 40). A preparação que se recomenda não consiste somente na vigilância, mas no cumprimento constantes do dever; porque Jesus fala do ‘administrador fiel e prudente’, imagem nova que inculca a fidelidade mais que a vigilância no serviço. Com estas últimas palavras, o Senhor pretende chamar a atenção de todos, mas de um modo todo particular dos que, por terem recebido graças e dons espirituais, devem recordar continuamente que tudo quanto receberam não receberam para que o considerem como próprio, mas como algo que devem administrar em proveito da comunidade. A ideia dessa passagem evangélica tem muito a ver com os dirigentes da comunidade cristã, sobre os quais pesa grande responsabilidade. Os próprios representantes de Deus, que são por ele mais amados, sofrerão mais, se não corresponderem às graças que lhe são outorgadas para o cumprimento de sua missão apostólica. Por isso, Jesus acrescenta: ‘A quem muito se deu, muito se exigirá’ (v. 48). O que Deus deu a você não lhe deu como elemento decorativo de sua personalidade; deu-lhe como elemento ou ferramenta de trabalho, como fator de aperfeiçoamento, como meio para melhor exercer o apostolado. Deus colocou em suas mãos a tocha de suas qualidades e talentos, não para que os exiba nas alturas, a fim de que os outros possam admirar o pedestal que sustenta essa tocha, mas para que, caminhando sempre em frente e levando no alto a tocha, possa iluminar o caminho daqueles que vão atrás de você. Que fez você, até o presente, com essa tocha e com a luz de seus talentos? Enterrou-a sob as cinzas? Entregou-se ao repouso, admirando afrodisiacamente sua própria luz? Sua vontade permaneceu inativa, sem colocá-la a serviço da luz da fé? É muito conveniente que aplique este evangelho a você mesmo(a). Diz o Senhor: ‘A quem muito se deu, muito se exigirá’ (v. 48). O Senhor distinguiu-o(a) dentre o comum dos homens, dando-lhe a vocação para a fé, e dentre o comum dos cristãos, dando-lhe a vocação para esse ou aquele apostolado de maneira concreta. Deus realmente deu-lhe muito. Portanto, você não pode contentar-se com uma vida vulgar, com uma virtude e sem relevância; não pode levar avante uma vida cristã na qual unicamente se evita o pecado mortal, considerando o pecado venial como delicadezas reservadas. Você deve aspirar uma perfeição incomum, uma vez que as graças recebidas não foram comuns” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

 Pe. João Bosco Vieira Leite


Terça, 21 de outubro de 2025

(Rm 5,12.15.17-21; Sl 39[40]; Lc 12,35-38) 29ª Semana do Tempo Comum.

“Porém, onde se multiplicou o pecado, aí superabundou a graça” Rm 5,20.

“Atualmente, o conceito do ‘politicamente correto’ impera. Assim, vários pressupostos são descaracterizados e repensados. Nessa perspectiva, falar sobre pecado talvez seja um problema. Muitas vezes, inclusive, são usados outros termos, tais como falhas, erros, escolhas ruins etc. porém, quando olhamos para as Escrituras Sagradas, não há como esconder a verdade sobre o pecado. É sobre essa realidade que Paulo está escrevendo aos romanos, especialmente no cap. 5, afirmando que todos pecaram e que somente por meio de Cristo somos aceitos por Deus (cf. Rm 5,12.15b.17-19.20b-21). Paulo coloca dois conceitos em oposição: o pecado, que se multiplica, e a graça, que o supera. Uma ação afetou a todos, trazendo consequências para a humanidade: Adão pecou, condenando todos os seres humanos (v. 18). De fato, o pecado é real hoje, pois todos pecam (v. 12). Portanto, não há como fingir que o pecado não existe. Ele está bem presente em nosso cotidiano, afastando-nos de Deus. Paulo ressalta a força do pecado a ponto de caracterizá-lo como um ‘amo’ que escraviza suas vítimas (v. 21). De fato, o pecado se multiplica porque reina absoluto em nossa realidade. O que fazer, então? A resposta está no mesmo versículo. Ele não apresenta somente a desgraça ocasionada pelo pecado. Outra ação também atinge a humanidade: por meio de Cristo, somos aceitos por Deus e temos nossos pecados perdoados. Paulo define essa obra de amor como uma graça que se torna abundante, pois, onde ‘aumentou o pecado, a graça de Deus aumentou muito mais’ (v. 20b). A graça, portanto, possui uma força maior e supera o pecado. Há esperança para todos na graça de Jesus Cristo que, como um favor imerecido, leva Deus a aceitar as pessoas. O mal iniciado em Adão é superado pela graça de Cristo. Aleluia! – Senhor, ajuda-nos a reconhecer e confessar nossos pecados para que possamos ser alvo de tua graça, que nos perdoa e nos reconcilia contigo. Amém (Acyr de Gerone Junior – Meditações para o dia a dia 2017 – Vozes)

 Pe. João Bosco Vieira Leite


Segunda, 20 de outubro de 2025

 (Rm 4,20-25; Sl Lc 1; Lc 12,13-21) 29º Semana do Tempo Comum.

“E disse-lhes: ‘Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de muitos bens’” Lc 12,15.

“Jesus deve ter percebido a mentalidade de muitas pessoas exageradamente preocupadas em adquirir e acumular bens. Se os discípulos desejassem ser fiéis ao Reino, deveriam precaver-se contra atitudes deste gênero. Daí a preocupação do Mestre em alertá-los. Tudo, na vida do rico, gira em torno do próprio eu: ‘meus celeiros’, ‘meu trigo’, ‘meus bens’. Em sua vida, não existe espaço para Deus e para o próximo. Tudo é pensado em função de sua satisfação pessoal: ‘Ó minha alma, descansa, come, bebe, regala-te, pois tens bens acumulados para muitos anos’. Solidariedade, partilha, misericórdia são palavras banidas de seu vocabulário. Sua avareza impede-o de sensibilizar-se diante das necessidades do próximo. Todavia, como não somos feitos só para esta vida, a morte confronta-nos com outra realidade: a vida eterna. Aqui, só têm valor os gestos de fraternidade, a bondade para com os excluídos e carentes, a capacidade de fazer-se próximo de quem sofre. Este é o verdadeiro tesouro a ser acumulado durante a vida terrena. Os bens materiais, quando partilhados, podem ser instrumentos para adquirir este tesouro eterno. Acumulá-los significa torna-lo infrutíferos, ou seja, inúteis. O discípulo do Reino, por ter seu coração centrado em Deus e no próximo, sabe ser generosos com quem necessita de ajuda fraterna. – Espírito de partilha fraterna, afasta para longe de mim toda avareza, porque ela me impede de manifestar meu amor ao próximo, partilhando com ele os meus bens (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite


29º Domingo do Tempo Comum – Ano C

 (Ex 17,8-13; Sl 120[121]; 2Tm 3,14—4,2; Lc 18,1-8)*

1. Há muito o ser humano vem prescrutando o universo em busca de mensagens proveniente de outros planetas, ou mesmo enviando mensagens ao cosmo com seus grandes radiotelescópios, seja em Porto Rico, Rússia e temos um desenvolvimento aqui na Paraíba.

2. Até o momento não temos nenhum resultado positivo, nenhum sinal de vida em outros mundos. Ainda que hipoteticamente conseguíssemos estabelecer contato com outros seres inteligentes no cosmo, um diálogo seria impossível porque entre a pergunta e a resposta teríamos um espaço de séculos...

3. A palavra de Deus deste domingo nos ensina a como ter êxito nessa tarefa humanamente desesperada. Acompanhamos a parábola da viúva e do juiz injusto que dá continuidade ao tema da oração já presente na 1ª leitura com a figura de Moisés com seus braços erguidos por uma vitória do seu povo.

4. O ser humano prescruta o universo para captar mensagens de outros mundos e não se dá conta daqueles que os alcançam colocando-se de joelhos e levantando os braços aos céus, como Moisés.

5. A oração é o segredo para entrar em contato com outros mundos! O orante é aquele que um dia captou um sinal inconfundível proveniente de “um outro mundo” e que não pode fazer mais que buscá-lo novamente, se o perde.

6. Ilusão? Antes de chegarmos a uma conclusão rápida demais, pensemos naqueles que fizeram desse “contato” a razão de sua vida. Uma existência plena, ativa, fecunda e que enriqueceu o mundo. É suficiente recordamos alguns deles: Moisés, Jesus Cristo, Francisco de Assis, Teresa Dávila, e outros até mesmo fora do nosso âmbito eclesiástico.  

7. A oração é aquilo que pode dar alma à nossa civilização tecnológica e impedir que nossas cidades se transformem em desertos humanos.

8. A oração é entrar em diálogo com um mundo acima de nós. Não simplesmente ‘com outros seres inteligentes’, mas com o criador de tudo, o Pai que nos conhece, que nos ama e nos quer ajudar. Um diálogo, onde entre a pergunta e a resposta não transcorrem séculos. Ela vem logo. Ou melhor: a pergunta já é conhecida antes mesmo de ser formulada. Na definição clássica, a oração é “uma piedosa conversa com Deus”.

9. São muitas as definições sobre a oração provinda de experiências várias, mas a Bíblia se expressa com o termo ‘elevar’, que encontramos em vários salmos. O sentido da oração está em si mesma, não vem de uma demonstração, do externo; o gosto da oração vem do próprio ato de rezar.

10. Rezando, se compreende que essa não é uma ficção ou ilusão. Nos damos conta que se estabelece um verdadeiro diálogo com Deus, de um modo misterioso e intraduzível em linguagem humana. Não é um eco que nos manda de volta a mesma palavra; aqui se trata de algo novo, palavras novas, não pensadas ou imaginadas, palavras que provocam reviravoltas na própria existência.

11. Mas há quem coloque sua objeção: Deus conhece e já decidiu para sempre o curso dos eventos: como pode, portanto, a criatura pensar em mudar, com a sua oração, uma decisão eterna de Deus? Diz São Tomás de Aquino: “Não rezamos para mudar a decisão de Deus, mas para obter aquilo que Deus, desde sempre, decidiu dar-nos em resposta à nossa oração”.

12. Rezar significa administrar, do modo mais profundo e autêntico, o próprio destino e a própria liberdade. Mais que uma obrigação, é um privilégio, uma concessão. Por vezes é preciso encontrar-se numa situação extrema para que se descubra o simples fato de que lhe é consentido rezar.

13. Ao final do Evangelho há algo que nos deixa inquieto. Se fala de uma pronta resposta ao tempo que fazemos a experiências das muitas de nossas preces que repousam num silêncio. Um problema para o crente, e que não tem uma resposta fácil e simples.

14. Jesus sabe que as coisas não se dão assim de modo simples, mas é preciso rezar sempre, e nunca desistir, nos diz a parábola. Se não podemos entender porque Deus não escuta certas preces, podemos ao menos entender que desastre seria... se Ele escutasse tudo e sempre. Quem não já agradeceu a Deus de não tê-lo escutado quando pediu certa coisa... Não à toa, diz em outra ocasião, Ele dará o Espírito Santo, a quem o pedir, para o discernimento...   

Pe. João Bosco Vieira Leite


Sábado, 18 de outubro de 2025

(2Tm 4,10-17; Sl 144[145]; Lc 10,1-9) São Lucas, evangelista e missionário.

“Só Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, porque me é útil para o ministério” 2Tm 4,11

“A outra imagem de Jesus que a Tradição nos transmite remonta a Lucas como pintor. Também isso é historicamente incerto, mas há algo de verdadeiro nessa imagem. Lucas é um escritor talentoso, que domina a arte de apresentar os acontecimentos de tal maneira que nos parecem um quadro pintado.  Não é sem motivo que Klaas Huizing escreveu seu ‘Lucas pinta o Cristo’. Lucas desenha para nós um retrato literário de Jesus. Muitos acham que Lucas foi um bom narrador, mas não um bom teólogo. Não posso partilhar tal opinião. Lucas domina a arte de narrar a história de Jesus de uma maneira que clareia toda a teologia da Encarnação. Lucas não precisa formular nem fundamentar que Jesus é o Filho de Deus. Ele narra a história de Jesus de tal maneira que vemos em Jesus o brilho divino. Quando o leitor é comovido por Jesus, Deus lhe é revelado. Assim ele é puxado para dentro do acontecimento da Encarnação. Para mim, isso é elevada teologia. Nas narrativas de Lucas aparece-nos o esplendor do rosto de Deus através do homem Jesus. Ao contemplar essa imagem, somos por ela transformados. Na leitura da história é que acontece a redenção. Quando leio com todos os meus sentidos, quando acho para mim um lugarzinho dentro do texto – como dizia Martinho Lutero –, então, ao sair do texto, estarei transformado. Pois então encontrei-me com a figura de Jesus, que agora modela a minha figura. O texto cria uma nova realidade. O leitor não continua o mesmo. Ele é criado de novo, pelo texto. Ele entra em contato com a imagem de Jesus Cristo, que nele se imprime durante a leitura (cf. Huizing, pp. 140s)” (Anselm Grüm – Jesus, modelo do ser humano – Loyola).      

 Pe. João Bosco Vieira Leite


Sexta, 17 de outubro de 2025

(Rm 4,1-8; Sl 31[32]; Lc 12,1-7) 28ª Semana do Tempo Comum.     

“Pois bem, meus amigos, eu vos digo, não tenhais medo daqueles que matam o corpo,

não podendo fazer mais do que isso” Lc 12,4.

“Duas virtudes recomendam-se ao discípulo do Senhor: a verdade e sinceridade diante da hipocrisia dos fariseus e a valentia na confissão da fé. A hipocrisia dos fariseus consistia na aparência de santidade e em estar vazios de virtude e cheios de maldade. Os discípulos de Jesus não podem ser assim. Precisam mostrar-se por fora como são por dentro; para se mostrarem bons, justos e retos por fora, devem ser isso no seu íntimo; o que aparece por fora não deve ser senão o reflexo do que seja por dentro. Nada existe de tão oculto que não se chegue a descobrir; jamais você poderá pensar e dizer: ‘Agora estou sozinho’, pois sempre sua consciência o acompanhará, que não é outra coisa senão o olhar de Deus. Não existe trevas tão espessas que possam escondê-lo(a) ao olhar penetrante de Deus; por isso, sua intimidade, por mais íntima e secreta que a queira supor, fica sempre patente aos olhos de Deus e haverá de chegar o dia em que Deus ponha às claras as trevas da sua solidão íntima. Jesus não promete livrar os discípulos do sofrimento e da morte, mas dar testemunho da sua lealdade no último dia. A perseguição, assim como a tentação, nem sempre serão evitadas por Deus aos seus eleitos, pois são parte da economia divina. A fortaleza é também um dom do Espírito Santo. Os santos mártires da Igreja de Deus não tiveram medo da morte, nem do sofrimento, souberam dirigir a vida toda para a eternidade; como diz a Sagrada Bíblia: ‘As almas dos justos estão nas mãos de Deus, e nenhum tormento os tocará. Aparentemente estão mortos aos olhos dos insensatos: seu desenlace é julgado como uma desgraça e sua morte como uma destruição, quando na verdade estão na paz. Se aos olhos dos homens suportaram uma correção, a esperança deles era portadora de imortalidade, e, por terem sofrido um pouco, receberão grandes bens; porque Deus que os provou, achou-os dignos de si’ (Sabedoria 3,1-5)” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite


Quinta, 16 de outubro de 2025

(Rm 3,21-30; Sl 129[130]; Lc 11,47-54) 28ª Semana do Tempo Comum.

“... e a justificação se dá gratuitamente, por sua graça, realizada em Jesus Cristo” Rm 3,24.

“Paulo retoma os temas introduzidos no anúncio programático da Carta (cf. Rm 1,16-17), como os da ‘justiça de Deus’, ‘manifestação/revelação’, ‘fé/crer’. Depois de ter chegado a afirmar que toda a Humanidade precisa indistintamente da salvação de Deus (1,18—3,20), expõe agora a Boa Notícia decisiva, ou seja, que a salvação é oferecida a todos em Cristo. [Compreender a Palavra:] A atuação salvífica divina é definida por Paulo, com uma linguagem bíblica, ‘justiça de Deus’ (v. 21), enquanto no Antigo Testamento a justiça significa a fidelidade do Senhor às Suas promessas de Aliança. Ela manifestou-se definitivamente em Cristo, por meio do qual Deus instaurou uma possibilidade de relação Consigo (‘justificação’), baseada exclusivamente na sua gratuidade: ‘Todos... são justificados de maneira gratuita pela sua graça’ (v. 24). A possibilidade desta relação depende do fato de que Deus veio ao nosso encontro, não do fato de que ‘conquistamos’ a Deus. Por isso mesmo, todo tipo de prestação humana está excluída do momento causador da nossa relação com Deus. De fato, ‘o homem é justificado pela fé [isto é, pelo acolhimento confiante dessa possibilidade] sem as obras que a Lei de Moisés determina’ (v. 28): é um motivo central do evangelho paulino. É preciso esclarecer que, nisto, Cristo não é ‘instrumento de expiação’, mas sim, com uma metáfora, ‘propiciatório’, ou seja, assume as vezes da cobertura da Arca, aspergida com sangue dos animais sacrificados no rito do ‘yom Kippur’, ou dia da expiação (cf. Lv 16,19). Fora da metáfora, Cristo torna possível a uma Humanidade pecadora, aquela relação com Deus a que o ritual do Antigo Testamento tanto aspirava” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite


Quarta, 15 de outubro de 2025

(Rm 2,1-11; Sl 61[62]; Lc 11,42-46) 28ª Semana do Tempo Comum.

“Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Vós deveríeis praticar isso sem deixar de lado aquilo” Lc 11,42.

“É sempre grande o risco de perder tempo com coisas secundárias, enquanto o essencial é deixado de lado. Esta inversão perigosa na vida do fariseu foi denunciada. Estes eram ciosos no pagamento do dízimo das hortaliças. Contudo, para eles, a prática da justiça e o trato misericordioso com o próximo, o exemplo de Deus, tinha pouca importância. Preocupavam-se em ocupar lugares de honra e ser cumprimentados, descurando a humildade e a simplicidade. Cuidavam de mostrar-se, exteriormente, como pessoas justas e santas, sem perceber que a autêntica justiça e a santidade situam-se no coração. As coisas secundárias supervalorizadas geralmente correspondem a gestos com os quais se pensa agradar a Deus, descuidando-se do próximo. É o caso do pagamento do imposto das hortaliças. As coisas essenciais dizem respeito ao próximo com os quais Deus exige que se pratique a misericórdia e a justiça. Na espiritualidade bíblica, esta é a verdadeira forma de agradar a Deus, porque o semelhante é a mediação obrigatória do relacionamento com ele. Querer chegar a Deus, prescindindo dos semelhantes, é escolher o caminho da própria condenação. – Espírito de amor ao próximo, que o relacionamento com os meus semelhantes seja sempre carregado de misericórdia” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite

 


Terça, 14 de outubro de 2025

(Rm 1,16-25; Sl 18[19ª]; Lc 11,37-41) 28ª Semana do Tempo Comum.

“Eu não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força salvadora de Deus para todo que nele crê, primeiro para o judeu, mas também para o grego” Rm 1,16.

“Hoje, iniciamos a leitura da Carta de Paulo aos Romanos. Ele enuncia o tema da sua carta: ‘O Evangelho é poder de Deus para a salvação de todo o crente, primeiro o judeu e depois o grego’ (v. 16). O êxito da sua missão de evangelizador não depende da argumentação que usa, mas do ‘poder de Deus’. Com efeito, no Evangelho, revela-se a justiça de Deus, que tem origem na fé e conduz à fé, como está escrito: ‘O justo viverá da fé’ (v. 17). O apóstolo sente-se no dever de aprofundar e proclamar a Boa-nova, segundo a qual Deus quer salvar a todos pelo dom da fé. Paulo não se envergonha desse Evangelho. Orgulha-se dele e transmite-o, narrando a sua própria experiência no caminho de Damasco. Aí experimentou fortemente o poder do amor de Deus que salva. Além da apresentação do tema, encontramos nesta página um primeiro desenvolvimento: o projeto de Deus já se revelou na história de Jesus de Nazaré, e revela-se, cada dia, na história da humanidade. Ensina-nos que Jesus Cristo habita nos corações pela fé (cf. Ef 3). Anuncia-nos a salvação pela fé. O que vem depois está de acordo com este anúncio de Paulo. Fica, assim anunciada a tese que seguidamente irá desenvolver para demonstrar a necessidade do Evangelho, ‘poder de Deus’. A humanidade, enredada no pecado, mereceu a ira de Deus. Mas Deus estabeleceu um meio de salvação: a fé em Cristo, e não as obras do ser humano corrompidas pelo pecado. A missão de Paulo, e de todos os apóstolos, é pregar a fé e, por isso, a salvação como dom gratuito de Deus, como graça. -  Senhor Jesus, dá-me um coração dócil, capaz de acolher, com generosidade, o teu testemunho, deixando-me transformar por ele” (Sônia de Fátima Marani Lunardelli – Meditações para o dia a dia [2015] Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite


Segunda, 13 de outubro de 2025

(Rm 1,1-7; Sl 97[98]; Lc 11,29-32) 28ª Semana do Tempo Comum.

“No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas” Lc 11,32.

“Os habitantes de Nínive escutaram a mensagem do profeta Jonas, que os convidava à conversão; aceitaram-no e fizeram penitência por seus pecados. Você tem o privilégio de receber não a mensagem ou a pregação deste ou daquele profeta, mas do próprio Filho de Deus, do primogênito do Pai. Deve escutar, receber e aceitar a mensagem de salvação e deve converter-se, porque para isso Jesus lhe transmite sua mensagem: para que você se converta e viva. ‘Terei eu prazer com a morte do malvado? (...) Não desejo eu, antes, que ele mude de proceder e viva?’ (Ezequiel 18,23). A conversão supõe uma mudança fundamental e interior na pessoa e não uma simples aparência exterior; a conversão supõe esvaziar-se e despojar-se de si mesmo, para fazer com que Deus seja quem penetre no mais íntimo do ser; a conversão é um esquecimento de si mesmo, do próprio eu, para ter presente a vida de Deus em nós. Enquanto não se despojar de si mesmo, você ainda não se converteu. Enquanto não se preocupar em descobrir o sentido da palavra de Deus em sua vida, você ainda não se converteu. Enquanto não tenha feito de si uma oblação como hóstia e vítima ao Pai celestial, não pode pensar que em você se tenha realizado a conversão em plenitude. A conversão supõe que se situem os valores na relação que lhes corresponde segundo sua natureza; Deus não pode ocupar em sua vida o segundo lugar, nem as coisas de Deus tampouco; Deus exige de você seu interesse, sua importância, sua valorização e também seu tempo” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

 Pe. João Bosco Vieira Leite

 


Nossa Senhora da Conceição Aparecida

(Est 5,1-2; 7,2-3; Sl 44[45]; Ap 12,1.5.13.15-16; Jo 2,1-11)

1. Na simples escuta dessa narrativa de João, parece que estamos diante de mais um milagre operado por Jesus, ainda que diferente de tantos outros realizados por Ele. Mas a coisa não é tão simples assim. É preciso um olhar mais atento. O Evangelho de João é um imenso oceano, pode ser contemplado na superfície ou em profundidade.

2. João não usa o termo ‘milagre’, mas sinal. Ao final da cena diz que Jesus manifestou a sua glória. Como assim? João se serve de uma festa de núpcias para nos apresentar Jesus. Essa imagem do matrimônio está muito presente no Antigo Testamento entre os profetas para nos falar da relação entre Deus e o seu povo, em seus altos e baixos.

3. O nome ‘Israel’, que para nós é masculino, em hebraico é feminino. Deus é o esposo, Israel, a esposa. Daí não termos os nomes do casal na narrativa. Então estamos falando de um outro casal, Deus e o seu povo, cuja relação parece não andar bem, na festa falta algo.

4.  Então aparece um outro elemento: o vinho, que é símbolo da felicidade e do amor. Uma festa sem vinho torna-se algo pouco animado: aqui é símbolo dessa relação pouco alegre entre Deus e seu povo; não por Ele, mas pela esposa, que parece constrangida sob o peso da Lei. Ouviremos Jesus falar dessa situação muitas vezes em seus debates com as autoridades religiosas do seu tempo.

5. Temos as talhas com água que serviam para as purificações necessárias a um povo cujas transgressões eram inevitáveis; para isso foram inventados ritos de purificação. Jesus traz uma água nova, que será o desejo da samaritana, para estabelecer novas relações.  

6. Em resumo, nesse texto cheio de camadas: João está dizendo para nós que essa relação entre Deus e o seu povo está sendo renovada pela presença de Jesus, de Deus mesmo, no meio do seu povo. Mas temos aqui a presença da mãe de Jesus, cujo nome nem saberíamos, se não fosse os outros evangelhos.

7. A mãe de Jesus pode ser Maria sim, mas pode indicar também a comunidade espiritual, dizem alguns estudiosos, na qual Jesus nasceu e na qual foi educado. Na passagem de hoje representa certamente as pessoas piedosas de Israel, aquelas que por primeiro perceberam que a situação religiosa em que viviam era insustentável.

8. O que fazem então? Não recorrem ao mestre-sala, isto é, aos chefes religiosos que deram provas de incapacidade na organização de uma festa autêntica, mas a Jesus. Compreendem que só dele pode vir a água viva que, em quem bebe, transforma-se em vinho, ou seja, torna felizes.

9. A espiritualidade mariana nos leva a imitar essa atitude de Maria em relação ao ‘vinho novo’ trazido por Jesus. Quem pretende perpetuar uma certa religiosidade do passado não se abre à novidade, aos impulsos do Espírito, certamente não está em sintonia com as disposições de ânimo de Maria.

10. Tradicionalmente o nosso evangelho é aplicado ao papel de intercessão que exerce Maria no plano da salvação e que aqui também nos convida a fazer o que Ele nos disser. É justamente essa atitude de escuta obediente que transforma a água em vinho, que faz nova todas as coisas. Só assim o milagre é possível.

Pe. João Bosco Vieira Leite


Sábado, 11 de outubro de 2025

(Jl 4,12-21; Sl 96[97]; Lc 11,27-28) 27ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus respondeu: ‘Muito mais felizes são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática’”

Lc 11,28.

“O intuito feminino de uma mulher do povo levou-a a fazer uma constatação verdadeira: era digno de ser exaltado o ventre em que Jesus fora gerado, e os seios em que fora amamentado. O poder manifestado nos feitos prodigiosos do Mestre, justificava o grito entusiasta desta mulher. Ter gerado tal filho era algo digno de louvor para uma mãe. Só alguém agraciada por Deus – ‘bem-aventurada’ – podia ser capaz disso. O elogio a Maria comportava um elogio a Jesus. Na mentalidade da época, exaltar a mãe era uma forma de exaltar o filho. Esta era a intenção da mulher: fazer um elogio a Jesus, reconhecendo que ela possuía um poder extraordinário provindo de Deus. As palavras da mulher, entretanto, careciam de um acréscimo. Elas podiam dar a entender que bastava alguém ter um certo parentesco sanguíneo com Jesus para ser objeto de reconhecimento. No entanto, era preciso muito mais! A verdadeira bem-aventurança consistia em ser um discípulo exemplar: ouvir com fidelidade e perseverança a Palavra e oferecer ao mundo um testemunho de vida consumado, colocando-a em prática. A mãe de Jesus, mais do que ninguém, deu este testemunho da escuta-prática da Palavra. Mas, este seu título de glória pode ser obtido por qualquer discípulo fiel e perseverante. O fato de ter sido mãe natural de Jesus era menos importante do que sua fidelidade a Deus, manifestada com gestos concretos. – Espírito de escuta atenta da Palavra, abre meu coração para ouvir e assimilar os ensinamentos de Jesus, de forma a poder transformá-los em projeto de vida(Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite


Sexta, 10 de outubro de 2025

(Jl 1,13-15; 2,1-2; Sl 9A[9]; Lc 11,15-26) 27ª Semana do Tempo Comum.

“Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: ‘Todo reino dividido contra si mesmo será destruído;

e cairá uma casa por cima de outra” Lc 11,17.

“Jesus veio para instaurar no mundo o Reino de Deus. Porém, no mundo, já está instaurado o reino do mal, do ‘Maligno’. Daí que, então, esses dois reinos estejam em luta e ambos desfraldem suas bandeiras, ambos publiquem seus princípios e seus lemas e ambos procurem instaurar a vida, em conformidade com esses lemas e princípios. Essa luta dos dois mundos, dos dois reinos, coloca cada homem diante da alternativa de optar por um ou por outro, mas se opta pelo Reino de Jesus Cristo, deverá sujeitar-se a seus princípios e regulamentos. Jesus nos repete muito sabiamente com palavras suas que são: ‘Todo reino dividido contra si mesmo será destruído’ (v. 17). Nós, os discípulos de Jesus, devemos ter presente esse ensinamento do Mestre, porque não é pouco frequente o caso em que os discípulos de Jesus parecem esforçar-se em dividir o Reino de Deus e, em consequência, destruí-lo. Discípulos de Jesus que causam divisões entre os próprio irmãos, entre os diferentes corpos que integram a Igreja de Deus, entre as diversas associações e movimentos apostólicos, como se cada um deles trabalhasse por um Senhor diferente, por ideal distinto, por um reino que não é o Reino de Deus, ou como se cada uma dessas associações ou movimentos de Igreja concebesse o Reino de Deus de maneira diferente, cada um de seu modo, cada um segundo seus gostos, como se cada um tivesse conveniências secretas e particulares. Se você for agente e elemento de divisão, você está destruindo o Reino de Jesus Cristo no mundo, e está instaurando o reino de Satanás. E se você destrói o Reino de Deus, carrega sobre si mesmo(a) uma tremenda responsabilidade” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite

 


Quinta, 09 de outubro de 2025

(Ml 3,13-20; Sl 01; Lc 11,5-13) 27ª Semana do Tempo Comum.

“Será que alguém de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra?

Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?” Lc 11,11-12.

“A segunda parábola esclarece o que significa ter Deus como pai. Todo pai sabe o que é bom para os seus filhos. No seu coração, o ser humano é realmente bom. Todo pai cuida dos seus filhos. Não lhes dará uma pedra em lugar de pão, ou uma cobra em vez de um peixe, ou um escorpião em vez de um ovo. Aí Jesus faz um apelo ao sentimento de honra das pessoas. ‘Tais exemplos, atribuídos a um pai, cortam o coração de qualquer leitor ou leitora’ (Bovon II, p. 155). Deus é nosso pai. Ele sabe o que nos faz bem. Não nos decepcionará; não nos dará nada que possa nos prejudicar. Ele nos dará aquilo que pode nos alimentar. Agostinho dá às três dádivas uma interpretação simbólica. O pão significa o amor; o peixe, a fé; e o ovo, a esperança. Um bom pai não dará, no lugar do pão do amor, a pedra da dureza e da rejeição. Ele acredita no seu filho, e não o fere como uma cobra. E ele lhe dará esperança, e nunca o há de envenenar com a sua amargura ou com sentimentos de culpa. Deus é um pai bondoso, que nos dará a melhor dádiva que ele tem para dar: o Espírito Santo. O Espírito Santo cura as nossas feridas, se porventura o nosso próprio pai nos entregou a pedra, a cobra ou o escorpião, machucando-nos profundamente. Para Lucas, a oração é o lugar onde podemos experienciar até a cura de feridas que um pai ou uma mãe nos tenha causado” (Anselm Grüm – Jesus, modelo do ser humano – Loyola).  

Pe. João Bosco Vieira Leite


Quarta, 08 de outubro de 2025

(Jn 4,1-11; Sl 85[86]; Lc 11,1-4) 27ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus respondeu: ‘Quando rezardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino’” Lc 11,2.

“A oração era um elemento importante no dia-a-dia de Jesus. Os Evangelhos observam seu costume de rezar, por exemplo, nos momentos-chaves de seu ministério, quando deveria dar passos decisivos. Vendo o seu Mestre rezar, os discípulos interessaram-se também pela prática da oração. O testemunho de Jesus impele-os a pedir-lhe orientações a respeito do modo mais conveniente de buscar intimidade com Deus. Foi a prática de Jesus, e não uma bela teoria sobre a oração, que motivou os discípulos. A oração ensinada pelo Mestre deveria ter como efeito inculcar, nos seus seguidores uma série de atitudes. Em relação ao Pai: o esforço para santificar-lhe o nome, ou seja, superar toda idolatria e pôr em prática as exigências do Reino, de modo que a história humana fosse regida pela vontade divina. Em relação ao próximo: criar o sentido da partilha fraterna dos bens, superando a tentação de reter tudo para si; viver o perdão e a reconciliação, sem dar lugar ao ódio e à violência; não se deixar levar pelas sugestões do espírito do mau, cuja ação principal consiste em desviar o ser humano da vontade de Deus. Por conseguinte, a oração cristã é um caminho de compromisso e comunhão, um projeto de vida. Ela consiste na busca de conformação da própria vida com o querer divino. – Espírito de intimidade com o Pai, dá-me, pela qual descubro o caminho do compromisso e da comunhão, como projeto de vida (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite