(Is 50,4-9; Sl 68[69]; Mt 26,14-25) Semana Santa.
“... e disse: ‘O que me dareis se vos
entregar Jesus?’ Combinaram, então, trinta moedas de prata” Mt 26,15.
“Insiste-se
na traição de Judas, dando-se detalhes da mesma, a fim de demonstrar por um
lado o procedimento vil do apóstolo traidor e, por outro, a bondade e infinita
compaixão de Jesus, que, sabendo quem devia ser o traidor, no entanto trata-o
até o último momento com amizade paciente, oferecendo-lhe o perdão. Porém a
preocupação de ser mais e de ter mais rompera em Judas a comunicação com o
amigo. Judas não se contenta em atraiçoar o Mestre, mas nem sequer tem as
mínimas exigências, como se não apreciasse a mercadoria que estava oferecendo:
‘O que quereis dar-me?’ Nós, cristãos, atualmente não costumamos ser mais
exigentes que Judas. Também costumamos perder a graça de Deus, que é o mesmo
que perder Jesus, sem atribuir-lhe valor: simplesmente por uma comodidade
passageira, ou por preguiça inibitória, ou por um interesse material, isto é,
por um punhado de moedas ou notas, por um negócio duvidoso, quando não por
falsa vergonha, ou por medo bobo. Por coisas parecidas, agimos contra nossa
consciência e perdemos a companhia de Jesus Cristo, que não pode permanecer num
coração que não seja reto e limpo” (Alfonso
Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano –
Ave-Maria).
Pe.
João Bosco Vieira Leite