Quinta, 10 de abril de 2025

(Gn 17,3-9; Sl 104[105]; Jo 8,51-59) 5ª Semana da Quaresma.

“Em verdade, em verdade, eu vos digo, se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte” Jo 8,51.

“Quando Jesus falava em ‘minhas palavras’, estava contrapondo seus ensinamentos aos de seus adversários. Onde está a divergência? As palavras de Jesus têm origem no Pai, são expressão do ensinamento divino. Já as palavras dos adversários não correspondiam, necessariamente, ao pensamento divino, por estarem contaminadas por uma série de elementos sem relevância, aos quais eles davam muito valor; o essencial, porém, nem sempre era devidamente valorizado. Os ensinamentos de Jesus eram um constante convite à conversão, um apelo a usar de misericórdia, a exemplo do Pai. Os adversários, pelo contrário, insistiam na submissão estrita aos ditames da Lei, minunciosamente especificados. Bastava a mera obediência exterior da Lei, para a pessoa ser considerada justa. As palavras do Mestre eram portadoras de vida, porque geradoras de comunhão, ao passo que as dos seus adversários, incapazes de tocar o íntimo do coração humano, acabavam por levar as pessoas a uma falsa confiança em Deus. Evidentemente, as palavras de Jesus são mais exigentes e requerem um empenho maior do que as palavras de seus adversários. De fato, é fácil observar, exatamente, certas normas bem precisas. O difícil é aventurar-se na proposta feita por Jesus. – Espírito de vida, que eu seja suficientemente sábio para acolher as palavras de Jesus, que me proporcionam vida, e rejeitar o que me afasta do Pai (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite