(Ez 37,21-28; Sl Jr 31; Jo 11,45-56) 5ª Semana da Quaresma.
“Não percebeis que é melhor um só morrer
pelo povo do que perecer a nação inteira?” Jo 11,50.
“Não
deixa de ser estranho o fato de o sentido da morte de Jesus ter sido
explicitado exatamente por quem estava tratando de eliminá-lo: Caifás. Sem
dúvida alguma, o sumo-sacerdote não tinha a intenção de profetizar a respeito
de Jesus. O evangelista, no entanto, assim o interpretou. Tudo culminou com a
ressurreição de Lázaro. Os sumos-sacerdotes e os fariseus, reunidos em
conselho, decidiram matar Jesus, baseando-se num falso argumento. Eles temiam
pela sobrevivência da nação, se os romanos ficassem revoltados com os sinais
realizados pelo Mestre. Evidentemente, Jesus representava menos perigo para os
romanos do que outros grupos, reconhecidos como refratários aos dominadores
estrangeiros. Caifás propôs que Jesus fosse eliminado, e, assim, fosse poupada
toda a nação. Eles cuidariam de eliminar o perigo, antes que acendesse a ira
dos romanos. Embora o raciocínio do sumo-sacerdote fosse infundado, suas
palavras tinham um quê de verdade. De fato, Jesus haveria de morrer em favor de
toda a humanidade. Seu sacrifício traria benefício para todos, sem exceção. Por
sua morte, ninguém mais estaria fadado à morte eterna. Este seria o sentido
último da cruz. – Espírito de gratidão, que eu seja profundamente grato
a Jesus, cuja morte de cruz trouxe-me a salvação” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite