Sábado, 12 de abril de 2025

(Ez 37,21-28; Sl Jr 31; Jo 11,45-56) 5ª Semana da Quaresma.

“Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” Jo 11,50.

“Não deixa de ser estranho o fato de o sentido da morte de Jesus ter sido explicitado exatamente por quem estava tratando de eliminá-lo: Caifás. Sem dúvida alguma, o sumo-sacerdote não tinha a intenção de profetizar a respeito de Jesus. O evangelista, no entanto, assim o interpretou. Tudo culminou com a ressurreição de Lázaro. Os sumos-sacerdotes e os fariseus, reunidos em conselho, decidiram matar Jesus, baseando-se num falso argumento. Eles temiam pela sobrevivência da nação, se os romanos ficassem revoltados com os sinais realizados pelo Mestre. Evidentemente, Jesus representava menos perigo para os romanos do que outros grupos, reconhecidos como refratários aos dominadores estrangeiros. Caifás propôs que Jesus fosse eliminado, e, assim, fosse poupada toda a nação. Eles cuidariam de eliminar o perigo, antes que acendesse a ira dos romanos. Embora o raciocínio do sumo-sacerdote fosse infundado, suas palavras tinham um quê de verdade. De fato, Jesus haveria de morrer em favor de toda a humanidade. Seu sacrifício traria benefício para todos, sem exceção. Por sua morte, ninguém mais estaria fadado à morte eterna. Este seria o sentido último da cruz. – Espírito de gratidão, que eu seja profundamente grato a Jesus, cuja morte de cruz trouxe-me a salvação (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite