(2Cor 5,14-21; Sl 102[103]; Mt 5,33-37)
10ª Semana do Tempo Comum.
Paulo reconhece diante dos seus
ouvintes quem ele era e o que Cristo realizou nele e agora opera através dele.
Paulo pensava ‘salvar’ a sua vida a partir de si mesmo, mas resolveu ‘perdê-la’
para reencontrá-la em Cristo e sem reservas colocar-se a serviço de Deus.
Dentro desse ministério está o serviço de reconciliação que ele representa ou
apresenta. Jesus nos fala sobre a questão do juramento conclamando-nos à
sinceridade de vida para não necessitarmos recorrer a nada ou a ninguém para
sustentar a nossa palavra. “Nada do que aparentemente pertence ao homem
está em seu poder: ‘Porque não podes fazer com que um só dos teus cabelos fique
branco ou preto’ (Mt 5,36). No conceito bíblico conjugam-se, de fato, um
sentido altíssimo da dignidade do homem, criado à imagem de Deus e redimido na
morte e ressurreição de Cristo, e um profundo reconhecimento da fragilidade e
da incapacidade da criatura, sobre a qual nunca se meditará bastante. Deste
duplo registro deriva uma enorme responsabilidade para nós: a de agirmos
coerentemente com o dom, continuamente recebido, que nos faz mergulhar na vida
do Senhor ressuscitado. A coerência de comportamento e de linguagem nas relações
fraternas, a conduta e a palavra franca, sem ambiguidade oportunistas e sem
cedências a cálculos utilitaristas que só podem vir do Maligno, fazem que
reconheçam em nós os ‘filhos de Deus’” (Giuseppe Casarin - Lecionário
Comentado - Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite