(Tb 2,9-14; Sl 11[112]; Mc 12,13-17)
9ª Semana do Tempo Comum.
Em sua conduta irrepreensível, Tobit é
atingido por uma cegueira que lhe traz outros problemas, como percebemos na
narrativa de hoje. Esse seu sofrimento o aproxima de outro personagem bíblico:
Jó. Também ele é convidado para desistir de sua conduta íntegra, e como Jó
deverá suportar com paciência a adversidade. “Quer no caso de Jó, quer
no de Tobit os leitores são avisados de que a prova é permitida por Deus para
que se manifeste a integridade do crente, e as gerações futuras encontre nos
protagonistas exemplos luminosos a seguir” (Giuseppe Casarin -
Lecionário Comentado - Paulus). Jesus provoca e é provocado por seus inimigos.
Tentam armar-lhe uma cilada a respeito da obrigatoriedade do imposto que os
judeus tinham que pagar a Roma, deixando-lhe sem saída. “Como verdadeiro
Mestre de sabedoria, Jesus leva os adversários a desmascararem a sua hipocrisia
e a darem-se conta da insustentabilidade das alternativas que propõem. Jesus dá
a entender que existe uma disparidade real entre César e Deus, entre o poder
temporal e o poder divino. Reconhecer e aceitar o poder político não equivale a
desconhecer e rejeitar a Deus. Deve dar-se assentimento ao poder político para
o exercício de assuntos públicos, mas a Deus deve dar-se a disponibilidade
plena e total de toda a nossa vida” (Giuseppe Casarin - Lecionário
Comentado - Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite