(Gn 15,1-12.17-18; Sl 104[105]; Mt 7,15-20)
12ª Semana do Tempo Comum.
A narrativa que estamos acompanhando
faz um salto significativo nos colocando ao lado de Abrão que lamenta o passar
do tempo e a descendência prometida que não chega. A essa altura terá que
deixar tudo a um parente próximo. Ele e levado a contemplar as estrelas do céu
e num ato quase poético, volta a sonhar, volta a acreditar, em seu caráter
existencial (O ambiente escuro sugere a escuridão da fé na caminhada de Abrão).
Mas Deus vai um pouco além, passando entre os animais de modo unilateral,
confirma a aliança feita por Ele mesmo com Abrão. No tempo de Jesus quanto no
nosso, o número de vozes que se levantam para nos sugerir um caminho ou nos
propor alguma espécie de salvação, é também grande. É preciso ler a vida e a
História a partir da luz que nos vem da Palavra para percebermos os frutos
produzidos. “Mais fácil é seguir os falsos profetas, os magos, os
adivinhos e os corruptores dos costumes, os quais, servindo-se das pulsações
mais baixas da pessoa, satisfazem-lhe as necessidades superficiais,
estimula-lhes as ambições, as falsas seguranças, e não as ajudam a crescer. A
vida cristã não se constrói sobre as seguranças humanas, pelo contrário,
comporta aceitar o risco, a aventura, a aposta na única Palavra eficaz e
vencedora” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado -
Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite