Sexta, 31 de março de 2017

(Sb 2,1.12-22; Sl 33[34]; Jo 7,1-2.10.25-30) 
4ª Semana da Quaresma.

A perseguição sofrida por Cristo já era protagonizada pelo justo no Antigo Testamento: “Se de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos. Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar sua paciência; vamos condená-lo a morte vergonhosa, porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro” (Sb 2,18-20), a descrição não podia ser melhor ao que nos propõe os evangelhos. Mas a paixão de Cristo transcendeu esse simples retrato deixando-se matar sem que um socorro imediato lhe ocorresse. Ocorreu sua confiança em Deus, em meio as suas tribulações: “Do coração atribulado ele está perto e conforta o espírito abatido. Muitos males se abatem sobre o justo, mas o Senhor de todos eles os liberta” (cf. Sl 33[34]). Deus pode não responder do modo exato que pensamos ou desejamos, mas nunca deixa de responder, para Jesus seu silêncio foi inquietante, mas suficiente para saber que não estava sozinho e em suas mãos podia entregar o seu espírito.


 Pe. João Bosco Vieira Leite