(Gn 37,3-4.12-13.17-28; Sl 104[105]; Mt 21,33-43.45-46)
2ª Semana da
Quaresma.
“Aí vem o sonhador!
Vamos matá-lo e lançá-lo numa cisterna...” (Gn 37,19). Em alguns
momentos a história de José se torna um pequeno tratado sobre o ciúme e até onde
esse sentimento pode nos levar na rejeição pelo outro. A história é lida a
partir da rejeição de Jesus por parte das autoridades de seu tempo, onde o zelo
religioso disfarça o ciúme daquele que traz um pouco de luz e alegria à vida de
pessoas comuns. O final pode parecer trágico, mas a ação de Deus dá outro rumo
a certas ações humanas, conclui os dois textos. Há certos fracassos aparentes
aos olhos humanos que somente Deus pode nos oferecer a interpretação ou a
finalidade que desconhecemos. Diz o ditado que Deus escreve certo por linhas
tortas. Talvez esteja aqui a interpretação do texto sagrado. O salmo nos lembra
como Deus agiu em favor do seu povo em todo o processo do chegar e sair do
Egito a partir de situações contraditórias, para não perdermos a esperança.
Pe. João Bosco Vieira Leite