(Hb 11,32-40; Sl 30[31]; Mc 5,1-20)
4ª Semana do Tempo Comum.
O nosso autor segue falando da fé dos
antepassados, essa força interior que os sustentou nos sucessos e adversidades.
Sob esse olhar, a comunidade que escuta sabe que também eles estão em comunhão
com toda essa história vivendo no presente os êxitos e fracassos que fazem
parte do caminho. A todos um só destino espera: a comunhão com Deus.
Essa narrativa de Marcos é
profundamente carregada de simbolismo em seus vários elementos, mas nos
surpreende o fato dos cidadãos expulsarem Jesus de sua região. No entanto, a
figura do curado que permanece naquela região pregando o que o Senhor havia
feito por ele, deixa claro duas coisas: sempre haverá quem não deseja ser
libertado, talvez por isso Jesus nos pede o cuidado de ‘não atirar pérolas aos
porcos’, mas independente dos limites impostos, esse sujeito que ali permanece
nos mostra que Deus não se deixa vencer pelo mal. “Deus misericordioso,
Pai amante dos homens, Vós sois caridade insondável, gratuidade inaudita, e não
vos deixais vencer pela rejeição que aprisiona os corações dos homens nas
trevas que ainda envolvem o mundo, fazei que a sequela humilde e alegre do
vosso Filho, Jesus Cristo, nos torne fortes e corajosas testemunhas da Vossa
bondade, para atravessarmos as adversidades de cada dia com a generosa certeza da
vida nova que não cessais de infundir em nós” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado – Tempo Comum – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite