Quarta, 04 de janeiro de 2017

(1Jo 3,7-10; Sl 97[98]; Jo 1,38-42) 
Tempo do Natal.

A prática da justiça dos que vivem sua comunhão com Deus lhes traz a consciência de não pecarem. Na realidade o texto deve ser compreendido a partir do que havia dito João ao início de sua carta, pois quem diz que não tem pecado é um mentiroso. Viver a justiça divina nos mantem num caminho de reta intenção, ainda que não sejamos perfeitos, pois em nós permanece uma semente divina que sustenta nossa luta e nos garante a vitória. A prática da justiça de Deus está associada à nossa responsabilidade para com o outro na prática do bem.

O testemunho de João desperta o coração de dois discípulos seus para o seguimento de Jesus. Por sua vez, os discípulos que experimentaram conviver com Jesus testemunham e despertam o coração de outros para o seguimento. Um esquema de causa e efeito. Aquele que dissera não ter onde repousar a cabeça, nos deixa claro que a experiência que fazem os dois discípulos de João está situada no plano existencial que busca ‘ver’ o mistério da pessoa de Jesus. A partilha experimentada alarga o círculo do testemunho. Partilhando a experiência que fazemos de Jesus descortinamos horizontes ainda não vislumbrados na vivência da fé.


Pe. João Bosco Vieira Leite