(1Jo 3,7-10; Sl 97[98]; Jo 1,38-42)
Tempo do Natal.
A prática da justiça dos que vivem sua
comunhão com Deus lhes traz a consciência de não pecarem. Na realidade o texto deve
ser compreendido a partir do que havia dito João ao início de sua carta, pois
quem diz que não tem pecado é um mentiroso. Viver a justiça divina nos mantem
num caminho de reta intenção, ainda que não sejamos perfeitos, pois em nós
permanece uma semente divina que sustenta nossa luta e nos garante a vitória. A
prática da justiça de Deus está associada à nossa responsabilidade para com o
outro na prática do bem.
O testemunho de João desperta o coração
de dois discípulos seus para o seguimento de Jesus. Por sua vez, os discípulos
que experimentaram conviver com Jesus testemunham e despertam o coração de
outros para o seguimento. Um esquema de causa e efeito. Aquele que dissera não
ter onde repousar a cabeça, nos deixa claro que a experiência que fazem os dois
discípulos de João está situada no plano existencial que busca ‘ver’ o mistério
da pessoa de Jesus. A partilha experimentada alarga o círculo do testemunho.
Partilhando a experiência que fazemos de Jesus descortinamos horizontes ainda
não vislumbrados na vivência da fé.
Pe. João Bosco Vieira Leite