Quarta, 25 de janeiro de 2017

(At 22,3-16; Sl 116[117]; Mc 16,15-18) 
Conversão de São Paulo.

Para a nossa Igreja a figura de Paulo tem um papel primordial no que concerne à sua expansão e estruturação ética e moral, pois a palavra de Paulo, na força do espírito, traduziu para os cristãos o compromisso da vivência da fé a partir da realidade primeira que surge como consequência da fé e da evangelização: a comunidade. Suas cartas desenvolvem toda uma teologia que aprofunda a realidade da vida nova em Cristo e sua consequente vivência prática no mundo. A liturgia nos oferece uma apresentação e testemunho de seu encontro com Jesus a partir do relato nos deixado por Lucas. A luz de Jesus brilha para ele particularmente, cegando-o num primeiro momento, para depois permitir uma melhor visão das coisas e do mistério da ação de Deus, convertendo-se e se deixando batizar: ‘O Deus de nossos antepassados escolheu-te para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires a sua própria voz. Porque tu serás a sua testemunha, diante de todos os homens, daquilo que viste e ouviste’ (At 22,14-15).

O evangelho apenas complementa aquele mandato de Cristo feito aos seus apóstolos antes de retornar ao Pai que fossem pelo mundo e a todos levassem a Boa Nova. O Senhor estaria com eles e com sinais confirmaria a autoridade de suas palavras. Paulo viveu também essa experiência de modo até mais comprometido que alguns apóstolos, dando a sua vida pela causa do evangelho. Suas declarações de amor a Cristo ressoam em nossos ouvidos como um desejo de um amor também assim: ‘para mim viver é Cristo’.  

Pe. João Bosco Vieira Leite