Sexta, 29 de janeiro de 2016




(2Sm 11,1-10.13-17; Sl 50[51]; Mc 4,26-34) 
3ª Semana do Tempo Comum.



Esta é a mais triste página do reinado de Davi, que não foi ocultada pelos historiadores. Davi comete três erros seguidos: não vai à guerra com seus soldados, deita-se com a mulher de Urias e provoca a morte de Urias em decorrência da gravidez de Betsabeia. Uma vida abençoada também pode ter seus momentos de distração com relação às bênçãos recebidas e a resposta a ser dada. Davi tem muito a aprender com os seus erros...


Jesus acrescenta duas parábolas ao seu discurso para comparar o processo de desenvolvimento do Reino. Talvez seja ele mesmo a semente oculta na terra, que o próprio Deus se encarrega de fazer acontecer, ou a semente insignificante de mostarda que se transformará numa grande árvore. Olhando o movimento da vida e da natureza “Jesus teve que ensiná-los a ‘captar’ a presença salvadora de Deus de outra maneira, e começou sugerindo que a vida é mais do que aquilo que se vê. Enquanto nós vamos vivendo de maneira distraída a coisas aparentes da vida, algo misterioso está acontecendo no interior da existência. Jesus lhes mostra os campos da Galileia: enquanto eles andam por aqueles caminhos sem ver nada de especial, sob estas terras está ocorrendo algo que transformará a semente semeada em bela colheita [...]. Assim sucede com o reino de Deus. Sua força salvadora já está atuando no interior da vida, transformando tudo de maneira misteriosa. Será a vida como Jesus a vê? Estará Deus atuando silenciosamente no interior de nosso próprio viver? Estará aí o segredo último da vida?” (José Antônio Pagola – “Jesus, aproximação histórica” – Vozes). 






Pe. João Bosco Vieira Leite