(2Sm 7,18-19.24-29; Sl 131[132]; Mc 4,21-25)
Santo Tomás de Aquino,
presbítero e doutor.
Ao saber das intenções divinas, Davi
não se sente preterido em sua intenção de construir uma casa para o Senhor, mas
entende que Deus que já fez muito por seu servo e por seu povo, fará muito
mais, edificando essa “casa genealógica” para o bem do seu povo. Nesse belo
texto ele se “derrama” em reconhecimento e gratidão, e reza sua ação de graças.
Os versículos 28 e 29 formam uma bela oração para a bênção da casa, cada vez que
passar a habitar um novo espaço.
Jesus prossegue seu longo discurso no
capítulo 4 com outras parábolas e ensinamentos. Estas mesmas palavras que
ouviremos em Mateus ganham outra conotação, comparação e sentido. Aqui Marcos
as emprega numa continuidade com a parábola da semente a aventura da palavra.
“O fruto que brota em nós pela força da palavra de Deus é como uma luz que
ilumina a vida humana, tornando visível o que está escondido (4,21). Quem deixa
a luz entrar nos abismos secretos de seu coração, viverá uma vida fecunda.
Quem, ao invés disso, subtrai da luz divina amplas áreas de sua alma, impede o
fluxo da vida. Ficará paralisado e insensível. Um outro aspecto da vida
consiste em distribuir uma ampla medida (4,24s). quem redistribui generosamente
o que recebeu verá que suas mãos não ficam vazias, antes não param de se
encher. Dar não quer dizer apenas doar bens materiais aos pobres, significa
também repassar o que se ouviu, o que se experimentou, o que se entendeu. Quem
guarda tudo isso apenas para si mesmo acaba sufocado. A vida só flui e
frutifica naquele que sabe dar”. (Anselm Grun – “Jesus, Caminho para a
Liberdade” – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite