Quinta, 28 de janeiro de 2016


(2Sm 7,18-19.24-29; Sl 131[132]; Mc 4,21-25) 
Santo Tomás de Aquino, presbítero e doutor.

Ao saber das intenções divinas, Davi não se sente preterido em sua intenção de construir uma casa para o Senhor, mas entende que Deus que já fez muito por seu servo e por seu povo, fará muito mais, edificando essa “casa genealógica” para o bem do seu povo. Nesse belo texto ele se “derrama” em reconhecimento e gratidão, e reza sua ação de graças. Os versículos 28 e 29 formam uma bela oração para a bênção da casa, cada vez que passar a habitar um novo espaço.

Jesus prossegue seu longo discurso no capítulo 4 com outras parábolas e ensinamentos. Estas mesmas palavras que ouviremos em Mateus ganham outra conotação, comparação e sentido. Aqui Marcos as emprega numa continuidade com a parábola da semente a aventura da palavra. “O fruto que brota em nós pela força da palavra de Deus é como uma luz que ilumina a vida humana, tornando visível o que está escondido (4,21). Quem deixa a luz entrar nos abismos secretos de seu coração, viverá uma vida fecunda. Quem, ao invés disso, subtrai da luz divina amplas áreas de sua alma, impede o fluxo da vida. Ficará paralisado e insensível. Um outro aspecto da vida consiste em distribuir uma ampla medida (4,24s). quem redistribui generosamente o que recebeu verá que suas mãos não ficam vazias, antes não param de se encher. Dar não quer dizer apenas doar bens materiais aos pobres, significa também repassar o que se ouviu, o que se experimentou, o que se entendeu. Quem guarda tudo isso apenas para si mesmo acaba sufocado. A vida só flui e frutifica naquele que sabe dar”.  (Anselm Grun – “Jesus, Caminho para a Liberdade” – Vozes).


Pe. João Bosco Vieira Leite