Terça-feira, 13 de outubro de 2015


(Rm 1,16-25; Sl 18/19ª; Lc 11,37-41)
28ª Semana do Tempo Comum


Passaremos um longo período na companhia de Paulo e sua carta aos Romanos como primeira leitura (quatro semanas). De certo modo Paulo ousa ao enviar uma carta para uma comunidade que ele não fundou. Essa carta é considerada uma obra-prima teológica e literária. Ela é uma apresentação articulada do evangelho anunciado por Paulo. Ele tem consciência que sua missão de evangelizador não depende da argumentação que usa, mas do poder de Deus. Ele nos recorda que o projeto de Deus, de salvar a todos, já se revelou na história de Jesus de Nazaré, e revela-se, cada dia, na história da humanidade.

Enquanto nós refletimos sobre o pensamento paulino, acompanhamos também a Jesus que entra na casa de um fariseu para uma refeição. Este observa que Jesus não lava as mãos e logo começa a julgá-lo. Ele aproveita para convidar o fariseu a passar de uma religião de pureza exterior para uma religião interior, de misericórdia, de humildade, de comunhão, de generosidade.

Os dois textos de encontram nesse apelo contínuo sobre a necessidade de mudar de mentalidade e converter-se. Quando o coração do ser humano é renovado pela conversão, torna-se bom, generoso, passa de uma religião de separação para uma religião de participação, de dom, de comunhão. Acolher sua palavra e seu convite à conversão é acolher o “poder de Deus” que nos liberta da nossa impotência ante os males que nos subjugam.




Pe. João Bosco Vieira Leite