Terça, 27 de outubro de 2015


(Rm 8,18-25; Sl 125[126]; Lc 13,18-21) 
30ª Semana do Tempo Comum.

Lembro de um professor que nos falava dessa realidade da fé, do “já e ainda não” de nossa salvação. É verdade que contemplando certas verdades sagradas, surge em nosso coração o desejo de que elas aconteçam de fato, que nossa vida seja plena, que tal realização se apresse. Ela já se faz presente em nossa vida de fé, mas ainda não é plena, sofre as contingências da existência. Paulo diz que toda a criação também deseja ser libertada. Não sei se Paulo tinha a consciência ecológica de nossos tempos, certamente que não, mas seu pensamento é atual diante da realidade que contemplamos. No espírito franciscano, toda a criação precisa ser libertada da ação predatória do homem.

É belo esse olhar contemplativo de Jesus do mistério da presença do Reino entre nós de forma discreta, quase insignificante, como o grão de mostrada ou mesmo o fermento na massa. O mistério que faz da pequena semente uma grande árvore, até o pouco de fermento que leveda a massa e a faz crescer, nos coloca no horizonte da graça divina operante no mundo, mas que precisa do homem que tome a semente e a atire em seu jardim, da mulher que faça a mistura. É preciso acreditar...




Pe. João Bosco Vieira Leite