(Jn 1,1—2,1.11; Sl Jn 2; Lc 10,25-37)
27ª Semana do Tempo Comum
Entre os livros proféticos, o de Jonas
tem um “sabor” especial, apreciado por muitos leitores. Mais do que uma
narrativa profética, encontramos um episódio que envolve o próprio Jonas. É uma
espécie de parábola que contém uma mensagem. Jonas resiste ao chamado de Deus
porque não acredita que os inimigos de Israel possam se converter, temos uma
aventura de perseguição e por fim de resignação à vontade de Deus. Jonas não
compreende porque, mas Deus lhe revela seu amor por todos os homens.
Essa melhor compreensão do amor divino
pela humanidade transparece na parábola do bom samaritano, onde o próximo é
mais que simplesmente quem está próximo ou quem é da mesma nação, mas sim
aquele que precisa da minha ajuda. Podemos esperar o pior daquele que
desconhecemos, mas também podemos ser surpreendidos por gestos de humanidade e
fraternidade dos quais não somos capazes.
Uma leitura particular desse texto vê
naquele homem caído na estrada a si mesmo e a Jesus que nos socorre, o bom
samaritano que nos restaura as forças quando somos “abatidos” no caminho. Assim
Jesus nos dá a dimensão do que significa amar o outro como a si mesmo: o que
não queres para você... Nunca poderemos prever quando no caminho da vida
precisaremos de ajuda, mas é possível fazer algo por quem “atravessa” o meu
caminho. A misericórdia com o outro nos possibilita a comunhão com Deus.
Pe. João Bosco Vieira Leite