Segunda-feira, 5 de outubro de 2015


(Jn 1,1—2,1.11; Sl Jn 2; Lc 10,25-37) 
27ª Semana do Tempo Comum

Entre os livros proféticos, o de Jonas tem um “sabor” especial, apreciado por muitos leitores. Mais do que uma narrativa profética, encontramos um episódio que envolve o próprio Jonas. É uma espécie de parábola que contém uma mensagem. Jonas resiste ao chamado de Deus porque não acredita que os inimigos de Israel possam se converter, temos uma aventura de perseguição e por fim de resignação à vontade de Deus. Jonas não compreende porque, mas Deus lhe revela seu amor por todos os homens.

Essa melhor compreensão do amor divino pela humanidade transparece na parábola do bom samaritano, onde o próximo é mais que simplesmente quem está próximo ou quem é da mesma nação, mas sim aquele que precisa da minha ajuda. Podemos esperar o pior daquele que desconhecemos, mas também podemos ser surpreendidos por gestos de humanidade e fraternidade dos quais não somos capazes.


Uma leitura particular desse texto vê naquele homem caído na estrada a si mesmo e a Jesus que nos socorre, o bom samaritano que nos restaura as forças quando somos “abatidos” no caminho. Assim Jesus nos dá a dimensão do que significa amar o outro como a si mesmo: o que não queres para você... Nunca poderemos prever quando no caminho da vida precisaremos de ajuda, mas é possível fazer algo por quem “atravessa” o meu caminho. A misericórdia com o outro nos possibilita a comunhão com Deus.


Pe. João Bosco Vieira Leite