(Ex 23,20-23; Sl 90[91]; Mt
18,1-5.10)
Santos Anjos da Guarda
A festividade deste dia foi estendida à Igreja universal por
Paulo V, em 1608, mas já um século antes era celebrada à parte da dos Arcanjos
Gabriel, Miguel e Rafael.
A 1ª leitura nos oferece algumas indicações da relação e da
função dos anjos em nossa vida. Eles nos protegem e guiam e como não podemos
ver a Deus, o anjo é como um intermediário, que faz caminhar na Sua direção,
até chegarmos à Sua presença. Ele nos faz escutar a voz de Deus. Se somos
dóceis a esta voz interior, que é a voz mesma de Deus, somos conduzidos
progressivamente a uma união sempre mais profunda com o Senhor, simbolizada por
essa entrada na terra prometida.
O nosso salmo expressa esse cuidado de Deus para com o
justo. Se pensarmos que cada pessoa é assim amada e cuidada, não desprezaríamos
nenhum ser humano, nos diz o evangelho, e teríamos uma atitude mais positiva
com relação ao outro: mais paciência, mais compreensão, mais amor. Quantas
vezes não ouvimos alguém dizer sobre rezar ao anjo da guarda de “fulano”, para
que o acalme, der mais serenidade...
“Os anjos oferecem a Deus as nossas esmolas, recolhem até
nossos desejos, fazem valer diante de Deus também nossos pensamentos. Sejamos
felizes por ter amigos assim pressurosos, intercessores assim fiéis,
intérpretes assim caridosos” (Bossuet).
Pe. João Bosco Vieira Leite