Quinta-feira, 15 de outubro de 2015


(Rm 3,21-30; Sl 129[130]; Lc 11,47-54) 
Santa Teresa, virgem e doutora.

Ainda na contemplação do mundo judaico, Paulo fala sobre a justificação pela fé, não pela prática da lei. Assim o pagão entra nesse mundo da justificação pela fé em Jesus, em outras palavras, pela Sua graça. O fundamento de tudo é a fé, afirma Paulo e por causa da fé somos motivados a prática das boas obras, mas Deus não nos salva por causa das boas obras, mas por Sua misericórdia, para que não tenhamos como medida do Seu amor o que praticamos, como quem espera uma recompensa. Só Deus é bom e justo.

Escribas e fariseus consideravam-se justos, mas Jesus prova, por “a + b” que na realidade não são. Jesus sai cavando a história dos profetas e sua difícil relação com um Israel de cabeça dura que preferia matar a se converter.  No entanto, se venera a memória dos mesmos. Reconhecer que algo é bom e dele não participar de modo autêntico, nem permitir que outros participem é uma forma de egoísmo imperdoável, diz Jesus. E assim o quadro de sua paixão futura vai sendo construindo a partir desses embates.

Resta-nos rezar nesse dia para que compreendamos o quanto Deus nos quer salvar e nos abramos ao seu amor misericordioso, que significa não meritório, mas pura expressão do Seu coração bom. 



Pe. João Bosco Vieira Leite