(Rm 3,21-30; Sl 129[130];
Lc 11,47-54)
Santa Teresa, virgem e doutora.
Ainda na contemplação do mundo judaico, Paulo fala sobre a
justificação pela fé, não pela prática da lei. Assim o pagão entra nesse mundo
da justificação pela fé em Jesus, em outras palavras, pela Sua graça. O
fundamento de tudo é a fé, afirma Paulo e por causa da fé somos motivados a
prática das boas obras, mas Deus não nos salva por causa das boas obras, mas
por Sua misericórdia, para que não tenhamos como medida do Seu amor o que
praticamos, como quem espera uma recompensa. Só Deus é bom e justo.
Escribas e fariseus consideravam-se justos, mas Jesus prova,
por “a + b” que na realidade não são. Jesus sai cavando a história dos profetas
e sua difícil relação com um Israel de cabeça dura que preferia matar a se
converter. No entanto, se venera a memória dos mesmos. Reconhecer que
algo é bom e dele não participar de modo autêntico, nem permitir que outros
participem é uma forma de egoísmo imperdoável, diz Jesus. E assim o quadro de
sua paixão futura vai sendo construindo a partir desses embates.
Resta-nos rezar nesse dia para que compreendamos o quanto
Deus nos quer salvar e nos abramos ao seu amor misericordioso, que significa
não meritório, mas pura expressão do Seu coração bom.
Pe. João Bosco Vieira Leite