Terça, 22 de maio de 2018


(Tg 4,1-10; Sl 54[55]; Mc 9,30-37) 
7ª Semana do Tempo Comum.

Tiago não alisa em seus textos, particularmente diante de uma comunidade dividida por causa de suas paixões mundanas que se opõem ao projeto e as inspirações divinas. A cobiça parece ser o mal que está minando as relações entre eles e até com Deus. Por isso a comunidade deve buscar humildemente o reconhecimento de suas faltas e submeter-se à vontade divina em sua luta contra o inimigo tentador, através de um caminho penitencial, para que possamos nos reaproximar de Deus. Quem vive experiências de conflito geradas por interesses vários na família ou na comunidade, certamente gostaria, como ao autor do salmo 55,7-12.23, ganhar asas e voar, ou seja, cair fora. “’Eu gostaria de poder me afastar de tudo isso’. É isso que dizemos (ou, pelo menos, é o que pensamos) quando o nível de estresse sobe em nossa vida. O projeto no trabalho está atrasado e acima do orçamento, as crianças estão gritando na sala de casa, a água do macarrão está fervendo no fogão e a quarta vez que toca o telefone é alguém tentando vender janelas novas para a casa. É muita coisa. Dá vontade de largar tudo. Os reis do Antigo Testamento sentiam-se dessa forma. Os inimigos atacavam Davi por todos lados. Seus pensamentos perturbavam-no; seus medos sufocavam-no. ‘Quem me dera poder ir para bem longe’, pensou ele. ‘Eu só preciso de uma tenda, um saco de dormir e o deserto aberto’. Era um sonho para Davi assim como é para nós. Fugir só parece uma solução; nunca resolve nada” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).

Pe. João Bosco Vieira Leite