(Gn 17,1.9-10.15-22; Sl 127[128]; Mt 8,1-4)
12ª Semana do Tempo Comum.
Tanto Abraão como Sara ganham mudança
no nome e entram numa nova fase da história da salvação com anúncio do
nascimento de Isaac. Há no texto também a instituição da circuncisão (gesto
ritual) que servirá como sinal da estipulação da Aliança (pacto). “A
noite de Abraão já fora clareada por inumeráveis estrelas. Agora, a sua
tristeza é iluminada pelo relâmpago de um sorriso, por uma risada que poderia
parecer incredulidade e ao invés preludia a alegria que se exprime no próprio
nome do filho da promessa: Isaac, ‘Deus ri’. A aliança, que coloca em comunhão
Deus com o homem, é a luz que ilumina a sua vida. A vida humana não está
desencarnada, está profundamente radicada na História, é feita de carne, de
sangue e de tangibilidade; vivemos por isso num mundo de sinais que manifestam
sensivelmente algo que de outro modo ficaria longe de nosso alcance. A
circuncisão pedida aos filhos de Abraão constitui um desses sinais” (Giuseppe
Casarin - Lecionário Comentado - Paulus). Depois do sermão da
Montanha, a narrativa de Mateus segue-se com alguns milagres que revelam que
esse novo legislador, Jesus, vem ao encontro da humanidade doente,
manifestando-se como Servidor, Pastor e Salvador. Ele pode restabelecer a
comunhão que perdemos com Deus por nossas ‘impurezas’, basta que nos
aproximemos de sua misericórdia.
Pe. João Bosco Vieira
Leite