(At 14,19-28; Sl 144[145]; Jo 14,27-31) 5ª Semana da Páscoa.
“Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas
voltarei a vos’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois
o Pai é maior do que eu” Jo
14,28.
“Jesus
procurou evitar que sua partida para junto do Pai, a sua morte, fosse motivo de
perturbação para os seus discípulos. Na perspectiva deles, isto resultaria na
perda de um amigo querido, com quem haviam estabelecido um relacionamento de
profunda confiança. Não era isso, porém, que preocupava Jesus. No seu
horizonte, despontava a ação malévola do Príncipe deste mundo, cuja ação
enganadora visaria desviar os discípulos do caminho do Mestre, causando-lhes
toda sorte de dificuldades. De fato, a perspectiva de perseguição não deixava
de ser preocupante. Se os discípulos tivessem consciência do que isto
significava, teriam mais razão ainda para entristecer-se e perturbar-se. Apesar
da incerteza do futuro, os discípulos deveriam alegrar-se. Ao partir, Jesus os
precederia no caminho que todos haveriam de trilhar também. E, na casa do Pai,
lhes prepararia um lugar. A partida de Jesus era inevitável e inadiável. Sua
permanência terrena junto aos seus não podia prologar-se indefinidamente. Uma
vez concluída sua missão terrena, era hora de começar sua missão celeste. Aos
discípulos caberia levar adiante a missão do Mestre. A compreensão disto
deveria afastar deles todo medo e toda tristeza. Embora sendo uma dura
experiência, os discípulos tinham motivos para se alegrar com a partida de
Jesus. – Espírito de segurança, que a ausência física de Jesus não me
deixe perturbado, e sim, seja motivo de alegria, para mim, porque sei que ele
nos precedeu junto do Pai” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite