Terça, 27 de maio de 2025

(At 16,22-34; Sl 137[138]; Jo 16,5-11) 6ª Semana da Páscoa.

“Paulo e Silas responderam: ‘Crê no Senhor e serei salvo tu e todos de tua família” At 16,31.

“Para compreendermos o texto é necessário ter presente que a reação desencadeada contra Paulo e Silas (v. 22) foi causada pela intervenção de Paulo: o Apóstolo tinha libertado de um espírito uma jovem escrava, a qual queria colocar o seu poder ao serviço dos ‘servos de Deus Altíssimo que anunciam o caminho da salvação’ (At 16,17). A Boa notícia de Jesus não precisa desta propaganda ambígua. Os donos da jovem veem dissipar-se os lugares provenientes dos oráculos pronunciados pela jovem (cf. At 16,16.19).Por esse motivo os dois missionários são açoitados e metidos na prisão. [Compreender a Palavra:] A narração começa sob o signo de uma perseguição injusta e termina num clima de alegria partilhada. Paulo e Silas, embora perseguidos, entoam louvores a Deus. A intervenção de Deus foi inesperada. Um terremoto abre dois caminhos: o da libertação dos prisioneiros e do carcereiro para a fé. Deus intervém na vida do carcereiro e transforma-o de cego executor das ordens dos magistrados, num homem à procura de luz. Por isso coloca aos missionários uma pergunta precisa: ‘Senhores, que devo fazer para ser salvo?’ (v. 30), a mesma que os primeiros crentes tinham feito a Pedro (cf. At 2,32) e que as multidões faziam a João Batista (cf. Lc 3,10). A resposta foi: ‘Acredita no Senhor Jesus’ (cf. v. 31). Toda a casa do carcereiro acolhe o anúncio dos missionários. Este lava as chagas de Paulo e de Silas e, por sua vez, é lavado pelo Batismo: uma transformação dupla e significativa. Por fim o texto sublinha o clima de alegria que nasce de terem acreditado em Deus e que se exprime numa refeição fraterna, uma velada alusão à Eucaristia (v. 34)” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Quaresma - Páscoa] – Paulus).

 Pe. João Bosco Vieira Leite