(At 13,44-52; Sl 97[98]; Jo 14,7-14) 4ª Semana da Páscoa.
“Se vós me conhecêsseis, conheceríeis
também meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes” Jo 14,7.
“Não
se pode compreender a existência de Jesus, prescindindo de sua intima comunhão
com o Pai. Suas palavras e seus gestos foram sempre referidos ao Pai. A
consciência de ser Filho enviado estava sempre presente em tudo quanto fazia. E
mais: tinha consciência de estar chegando a hora de voltar para junto do Pai.
Sendo assim, o Filho divino pode ser considerado como a transparência do Pai.
Quem o conhece, conhece o Pai. Quem o vê, vê também o Pai. Ouvi-lo, significa
ouvir o Pai. Contemplar seus milagres, corresponde a contemplar o Pai
manifestando seu amor pela humanidade. É, pois, inútil pretender ter acesso a
Deus, prescindindo de Jesus. Evidentemente, o Pai não é Jesus. E Jesus não é o
Pai. As palavras de Jesus não dão margem para equívocos. Seria falsa qualquer
identificação, e não corresponderia ao pensamento de Jesus. A comunhão entre
ambos não redunda da fusão de um no outro. Apesar disso, Jesus não titubeou em
fazer esta afirmação ousada: ‘Quem me vê, vê o Pai’. Da contemplação e da vida
de Jesus, é possível chegar a compreender quais são as pautas da ação de Deus,
ou seja, a maneira como ele se relaciona com os seres humanos, e o que espera
deles. Portanto, não é preciso ir longe para encontrar Deus. Jesus é o caminho
pelo qual chegamos até o Pai. – Espírito de discernimento, ilumina
minha mente e meu coração para que eu possa reconhecer o Pai na contemplação do
Filho Jesus” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite