(At 11,19-26; Sl 86[87]; Jo 10,22-30) 4ª Semana da Páscoa.
“Os judeus rodeavam-no e disseram: ‘Até
quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente’” Jo 10,24.
“Os
judeus insistiam com Jesus, exigindo que ele afirmasse, abertamente, sua
identidade de Messias. Jesus, porém, tinha motivos para não ceder a tal
pressão. Existe um caminho muito simples para reconhecê-lo: prestar atenção nas
obras que ele realiza! Só consegue reconhecer Jesus a partir de suas obras,
quem se faz discípulo dele. A condição de discípulo coloca o indivíduo na
perspectiva justa para observar o agir de Jesus e tirar as conclusões a respeito
de sua identidade. Como? Permitindo olhá-lo com benevolência, sem preconceitos,
nem má intenção. Colocando-se em sintonia com o Senhor, o discípulo pode
discernir quem, de fato, é Jesus. Igualmente, capacita-o para ler, nas
entrelinhas da ação de Jesus, na sua condição de Messias, realizador das
antigas esperanças de Israel, restaurador da vida e da esperança. E mais, sua
condição divina, pois, as obras que Jesus realiza são exclusivas de quem é o
Filho de Deus. Quem não se torna discípulo, ou seja, sua ovelha, não está em
condições de reconhecê-lo como Messias, por mais prodigiosa que seja a obra
realizada por Jesus. Quem não está predisposto a ser discípulo, não abre mão da
sua posição já tomada, nem confessa a messianidade de Jesus. Por isso, não era
oportuno perder tempo com tal tipo de gente. Se não quisessem crer nele a
partir das obras, paciência! – Espírito do Messias, coloca-me na
perspectiva justa, para reconhecer a confessar a messianidade do Filho Jesus” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite