(At 8,1-8; Sl 65[66]; Jo 6,35-40) 3ª Semana da Páscoa.
“E esta é a vontade daquele que me
enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu,
mas os ressuscite no último dia” Jo
6,39.
“O
texto prossegue o discurso sobre o ‘pão da vida’ retomando o versículo
conclusivo do Evangelho de ontem: ‘Eu sou o pão da vida’ (v. 35). Perante a
autorrevelação de Jesus delineia-se imediatamente a incredulidade dos seus
sequazes superficiais, que O seguem apenas materialmente com vista a obter
benefícios e prodígios. Não obstante a esterilidade deste tipo de sequela, a
vontade de salvação de Deus será cumprida porque o Filho dará a vida àqueles
que o Pai lhe confiou. [Compreender a Palavra:] A sabedoria de Deus no Antigo
Testamento oferece o alimento da vida: ‘Vinde comer do meu pão, e beber do
vinho que preparei para vós’ (Pr 9,5). ‘Os que se alimentam de mim terão ainda
mais fome, e os que me bebem terão ainda mais sede’ (Eclo 24,20). O dom de
Cristo é incomparavelmente maior: ‘Quem vem a Mim nunca mais terá fome e quem
acredita em Mim nunca mais terá sede’ (v. 35). A sabedoria é uma pálida sombra
do que a revelação cristã nos diz sobre a pessoa do Filho, eterna Palavra do
eterno Pai. No Evangelho de hoje o Filho apresenta-se, na sua relação com o
homem, como fonte de vida inexaurível e de saciedade perfeita, resposta à
vontade de salvação universal do Pai (vv. 37-39). Ir a Jesus, seguir Jesus não
significa pedir somente a satisfação de necessidades materiais ou psicológicas,
mas procurar e encontrar a vida plena, uma dimensão que pode conciliar-se
também com o sofrimento e com a morte (v. 40)” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado [Quaresma - Páscoa] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite