Sábado, 27 de setembro de 2025

(Zc 2,5-9.14-15; Sl Jr 31; Lc 9,43-45) 25ª Semana do Tempo Comum.

“Prestai bem atenção às palavras que eu vou dizer: o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens” Lc 9,44.

“Não chegavam a compreender o que poderia significar aquela expressão de Jesus: ‘O Filho do Homem há de ser entregue às mãos dos homens’ (v. 44), em poder dos homens; ser entregue aos homens era sinônimo de ser entregue à morte e isso na mente deles era incompreensível, para a qual o Messias devia mostrar-se sempre e em toda ocasião glorioso e nacionalmente vitorioso. A paixão no Messias era um paradoxo; as palavras eram claras, mas o Rei-Messias sofredor era contraditório. Também para o mundo de hoje, inclusive para alguns discípulos de Jesus, pode parecer estranho o fato de que Deus permita que seus filhos sofram; se é Deus, se é Pai, como permitir o sofrimento? Nessas ocasiões, quando chegar para você a hora da desolação espiritual, da aridez, quando você estiver sofrendo e angustiado(a), nunca chegue a duvidar da infinita bondade e Providência de seu Pai celestial; seria esse o mais grave pecado que você poderia cometer e o que mais ofenderia o coração infinitamente bondoso do Senhor” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

 Pe. João Bosco Vieira Leite


Sexta, 26 de setembro de 2025

(Ag 1,15—2,9; Sl 42[43]; Lc 9,18-22) 25ª Semana do Tempo Comum.

“Mas Jesus perguntou: ‘E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: ‘O Cristo de Deus’” Lc 9,20.

“Num momento de oração, Jesus questiona os discípulos acerca de uma questão fundamental, formulada em duas etapas. Na primeira, a pergunta – ‘Quem sou eu, na opinião do povo?’ – visa explicitar a maneira como a pessoa de Jesus era considerada por quem o ouvia, era beneficiado por seus milagres e tinha notícias de seus grandes feitos. Enfim, gente sem muita proximidade com ele. As respostas, elencadas pelos apóstolos, trazem a marca das tradições messiânicas populares. Aí, o Messias é identificado com algum dos profetas passados, cuja reaparição, na história humana, era sinal da chegada do fim dos tempos. Na segunda etapa, a pergunta constitui em saber o pensamento dos discípulos: ‘Para vocês quem sou eu?’ Tendo privado da intimidade de Jesus, deveriam estar em condições de estar uma resposta mais próxima da realidade, condizente com a verdadeira identidade de Jesus. É Pedro quem se adianta e responde, em nome do grupo: ‘Tu és o Cristo de Deus!’ Esta resposta revelou, na verdade, um avanço em relação à mentalidade popular. Mais que algum personagem do passado, Jesus era o Ungido, enviado por Deus ao mundo. Sua presença era sinal do amor de Deus pela humanidade. Apesar de estar correta essa resposta, foi necessário que Jesus acrescentasse algo que os próprios discípulos desconheciam. Embora sendo o Cristo de Deus, Jesus estava para se defrontar, não com um destino de glória, mas sim, de sofrimento, de morte e de ressurreição. Esta era a vontade do Pai! – Espírito que nos faz conhecer Jesus, dá-me a graça de conhecer a verdadeira identidade do Filho de Deus, purificada de meus preconceitos pessoais” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite


Quinta, 25 de setembro de 2025

(Ag 1,1-8; Sl 149; Lc 9,7-9) 25ª Semana do Tempo Comum.

“Então Herodes disse: ‘Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?’

E procurava ver Jesus” Lc 9,9.

“Lucas não refere a morte por decapitação do precursor, embora tenha já antecipado a notícia da sua prisão no começo do Evangelho (3,19-20), e, aqui (v. 9), demonstra saber como tudo aconteceu. A fama de Jesus chega ao palácio do tetrarca Herodes Antipas. A pergunta que corre entre as pessoas e os seus cortesãos tornara-se também a do rei: ‘Quem é realmente Jesus?’ Para um helenista culto como Herodes, Jesus não passa de um enigma que tem de resolver. É por isso que O quer ‘ver’ (v. 9). [Compreender a Palavra:] Os boatos que chegavam ao palácio do tetrarca Herodes estavam de acordo num ponto: Jesus é o profeta esperado no fim dos tempos. Porventura, ninguém ousava pensar num novo profeta enviado por Deus; julgava-se que tinha ressuscitado simplesmente um que que já tinha vivido: Elias, João ou um dos antigos profetas. Herodes, porém, é um helenista e – como mais tarde os filósofos do areópago de Atenas aquando da pregação de Paulo – não acreditava nas histórias de ressurreição que tanto impressionavam o povo. Ele raciocinava concretamente: João mandei-o decapitar, por isso já não está vivo. Quem morreu, morreu. Mas então quem é Jesus? Aquilo que se diz que Ele faz e prega precisa de uma explicação. Por isso Herodes deseja vê-lo, para ficar com uma ideia acerca d’Ele. Mas, para compreender quem é Jesus não basta falar com Ele ou ver as Suas obras, sem que isso dê em discussão. O único meio para O conhecer é o da fé” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).

 Pe. João Bosco Vieira Leite