(At 8,26-40; Sl 65[66]; Jo 6,44-51) 3ª Semana da Páscoa.
“Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão
discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai
e por ele foi instruído vem a
mim” Jo 6,45.
“É
o Pai quem tem a inciativa na dinâmica da fé dos cristãos. No seu amor, elege o
ser humano para ser objeto de sua revelação, e o convida a aderir ao Filho
Jesus. Só vai a Jesus quem é escolhido e impelido pelo Pai. Só se entrega a
Jesus quem se deixa guiar a humanidade para o Filho. O ato de fé no Senhor
Jesus é, portanto, indício de obediência ao ensinamento do Pai e de submissão à
sua vontade. A incredulidade configura-se como rebeldia contra o Pai. Não se
trata de mera oposição a Jesus, numa atitude sem maiores consequências. Nem,
tampouco, pode ser considerada como uma fatalidade na vida das pessoas, numa
espécie de anulação de sua liberdade. No ato de fé, está implicada a liberdade
humana. Instruído pelo Pai, cabe ao ser humano acolher ou não a instrução
recebida. Se a acolhe, sem dúvida será capaz de reconhecer em Jesus o enviado
do Pai. Não é possível acolher a moção do Pai, mas fechar-se para o Filho. Ou
seja, não dá para ficar no meio do caminho. Quem recebeu o ensinamento do Pai,
necessariamente, irá a Jesus. - Espírito de docilidade ao Pai, reforça minha
disposição para acolher os ensinamentos divinos e colocar-me, resolutamente, na
busca do Ressuscitado” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite