(At 4,13-21; Sl 117[118]; Mc 16,9-15) Oitava de Páscoa.
“Ela foi anunciar isso aos seguidores de
Jesus, que estavam de luto e chorando” Mc 16,10.
“O
encontro de Jesus ressuscitado com Maria Madalena fez dela uma anunciadora da
ressurreição. Foi esta a alegre notícia que ela comunicou aos discípulos, e,
sem dúvida, a todos os que encontrou, depois, ao longo de sua existência. A
partir desta experiência, sua vida deu uma guinada. Ela já não era mais a
mesma. No entanto, o contato com os discípulos foi decepcionante. A Boa Nova
que lhes trouxe, não pareceu suficiente para arrancá-los da tristeza e do
pranto, e fazê-los abrir-se para fé. Pelo contrário, continuaram incrédulos!
Talvez não tenham sido capazes de superar o preconceito contra as pessoas do
sexo feminino, cujo testemunho, naquela época, não era aceito. Não se dava
credibilidade às palavras de uma mulher. A reação dos discípulos não deve ter bloqueado
o entusiasmo de Maria Madalena. Outras aparições do Ressuscitado confirmariam
suas palavras: o Senhor está vivo, e sua presença se fazia real na vida de quem
o encontrava. Da mesma forma, os discípulos, aos quais Jesus aparecera enquanto
se dirigiam para o campo, tinham ido, às pressas, contar o fato aos demais. E
também se debateram com a incredulidade dos companheiros. Independentemente da
reação dos ouvintes, quem experimentou a presença do Ressuscitado é impelido a
anunciar a todo mundo esta experiência transformadora. – Espírito de
comunicação, apesar da incredulidade do mundo, que eu proclame, com vibração, a
alegre notícia da ressurreição do Senhor” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso
de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite