Quinta, 17 de abril de 2025

(Ex 12,1-8.11-14; Sl 115[116B]; 1Cor 11,23-26; Jo 13,1-15) Missa da Ceia do Senhor.

“Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo amou-o até o fim” Jo 13,1.

“João resume então numa única frase toda a ação de Jesus: ‘Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até o extremo’” (13,1). Jesus demonstra esse amor ao extremo não apenas lavando os pés de seus discípulos, mas também entregando por eles a sua vida na cruz. Foi esse amor o motivo principal de seus atos e das suas palavras que dirigiu aos homens. Esse amor é também a marca de seus discursos de despedida. São eles, na verdade, o legado de seu amor. Jesus nos ama incondicionalmente até as últimas consequências, até a morte. No lava-pés e na paixão, João pretende contar-nos a história do amor perfeito de Deus. A hora que João se refere repetidas vezes é a hora da consumação máxima do amor de Jesus aos seus. A palavra grega ‘telos’ que dizer meta, conclusão, completude. É também um termo da linguagem dos mistérios, em que significa: iniciação num mistério. Com a sua morte de cruz, Jesus nos inicia no mistério de seu amor perfeito, divino. ‘Telos’ pode ser também núpcias. Em sua morte de cruz, Jesus conclui conosco as núpcias que se pronunciaram no começo de sua atividade pública nas bodas de Caná” (Anselm Grüm – Jesus: Porta para a Vida – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite