(Ex 12,1-8.11-14; Sl 115[116B]; 1Cor 11,23-26; Jo 13,1-15) Missa da Ceia do Senhor.
“Era antes da festa da Páscoa. Jesus
sabia que tinha chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo
amado os seus que estavam no mundo amou-o até o fim” Jo 13,1.
“João
resume então numa única frase toda a ação de Jesus: ‘Ele, que amara os seus que
estavam no mundo, amou-os até o extremo’” (13,1). Jesus demonstra esse amor ao
extremo não apenas lavando os pés de seus discípulos, mas também entregando por
eles a sua vida na cruz. Foi esse amor o motivo principal de seus atos e das
suas palavras que dirigiu aos homens. Esse amor é também a marca de seus
discursos de despedida. São eles, na verdade, o legado de seu amor. Jesus nos
ama incondicionalmente até as últimas consequências, até a morte. No lava-pés e
na paixão, João pretende contar-nos a história do amor perfeito de Deus. A hora
que João se refere repetidas vezes é a hora da consumação máxima do amor de
Jesus aos seus. A palavra grega ‘telos’ que dizer meta, conclusão, completude.
É também um termo da linguagem dos mistérios, em que significa: iniciação num
mistério. Com a sua morte de cruz, Jesus nos inicia no mistério de seu amor
perfeito, divino. ‘Telos’ pode ser também núpcias. Em sua morte de cruz, Jesus
conclui conosco as núpcias que se pronunciaram no começo de sua atividade
pública nas bodas de Caná” (Anselm
Grüm – Jesus: Porta para a Vida – Loyola).
Pe.
João Bosco Vieira Leite