(At 25,13-21; Sl 102[103]; Jo 21,15-19) 7ª Semana da Páscoa.
“Tinham somente certas questões sobre
sua própria religião e a respeito de um certo Jesus que já morreu, mas que
Paulo afirma estar vivo” At
25,19.
“Agripa
é testemunha da última grande apologia de Paulo: o Apóstolo dá testemunho não
só diante dos governadores, mas também diante de um rei (cf. Lc 21,12 e At
9,15). O processo segue o modelo do processo de Jesus, o primeiro mártir:
também o Mestre compareceu diante do procurador romano e depois perante Herodes
Antipas (cf. Lc 23,4.14.22). De igual modo para Paulo temos três declarações
explícitas da sua inocência (cf. At 23,29; 25,18.25). A história de Jesus
continua na história do discípulo. [Compreender a Palavra:] Já passaram dois
anos e Paulo continua preso. Festo aproveita a visita do rei Agripa e de
Berenice para lhes expor o caso de Paulo, já que ele, como bom romano, não
consegue compreender o motivo do ódio dos judeus. Ao resumir o desacordo entre
o ‘prisioneiro’ e os judeus, o pagão Festo oferece-nos uma descrição que chega
ao âmago do problema; trata-se de ‘discussões a respeito de um Jesus que morreu
e que Paulo afirma estar vivo’ (v. 19). No centro da discussão e do debate
está, portanto, o tema da ressurreição. Para um pagão ou para um estranho à
esperança cristã – como os intelectuais de Atenas – a ressurreição dos mortos
podia parecer só uma teoria extravagantemente mítica. Pelo contrário, na
perspectiva cristã, a morte/ressurreição de Jesus é o centro, o coração da Boa
Notícia. Festo reafirma a sua linha de conduta inspirada nos princípios do
direto romano. Paulo, por sua vez, sabe aproveitar a oportunidade de que lhe é
oferecida pelo direito: ‘apelou para que a sua causa fosse decidida pelo
imperador’: v. 21. Paulo chegará a Roma graças ao seu apelo a César. E com ele,
o Evangelho chegará ‘aos extremos da terra’ (At 1,18)” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado [Quaresma - Páscoa] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite