(Gn 15,1-12.17-18; Sl 104[105]; Mt 7,15-20) 12ª Semana do Tempo Comum.
“Portanto, pelos seus frutos vós os
conhecereis” Mt 7,20.
“O
‘Sermão da Montanha’ sublinha, nestes últimos textos, o aspecto operativo da
vida cristã, através de uma série de dois pares antitéticos: depois de duas
portas e de dois caminhos, agora apresenta-nos dois tipos de profetas, como
depois apresentará os dois tipos de discípulos e as duas casas. Dirigindo-se a
destinatários de formação judaica, habituados a terem como referência guias
espirituais, Jesus aborda um problema importante para eles: quais são os
verdadeiros profetas, de entre as muitas vozes que se levantam a indicar um
caminho? [Compreender a Palavra:] No decurso da história de Israel, surgiram
muitos falsos profetas pretendendo desviar o povo, prometendo felicidade e
bem-estar em troca da aprovação e do sucesso. O falso profeta pensa na sua vantagem
pessoal, no seu bem-estar e no seu enriquecimento, denunciando repetidamente os
profetas da verdade: Amós, Miquéias, Isaías, Jeremias... O falso profeta é como
um lobo no rebanho, interessado apenas em alimentar o seu ego. Os seus frutos
são evidentes: corrupção; maus costumes; desordens; discórdias; opressão; culto
da pessoa; superstição até a idolatria. Tal como espinheiros e silvas produzem
maus frutos. Os verdadeiros profetas, pelo contrário, colocam-se contra a
corrente; anunciado verdades incômodas, são perseguidos e mortos pela sua
fidelidade à Palavra. O verdadeiro profeta é aquele que, lendo a História e
interpretando-a à luz da Palavra de Deus, consegue provocar para a conversão as
pessoas com quem vem a contactar. Os seus frutos falam claro” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado [Tempo Comum I] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite