Segunda, 02 de junho de 2025

(At 19,1-8; Sl 67[68]; Jo 16,29-33) 7ª Semana da Páscoa.  

“’Vós recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé?’ Eles responderam:

‘Nem sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo!’” At 19,2.

“Lucas constrói a sua narração nas grandes cidades. Depois de Jerusalém, Antioquia e Corinto, agora é a vez de Éfeso (cf. At 19). Dois elementos se cruzam no texto: a atividade geral, constante, de Paulo, e alguns episódios que se tornam exemplos de situações e de problemas. Eis então a conversão de alguns discípulos de João Batista (é o trecho de hoje: vv. 1-7), o conflito com os exorcistas ambulantes (vv. 12-20), a revolta dos ourives (vv. 23-41). Os três episódios sevem de exemplo: mostram a confrontação do cristianismo com a comunidade dos discípulos de João Batista, com a magia e o paganismo. [Compreender a Palavra:] Chegado a Éfeso vindo das regiões do planalto, Paulo encontra alguns ‘discípulos’ que não conheciam nem o batismo de Jesus nem o Espírito Santo. O texto chama-lhes ‘discípulos’, e isto significa que de qualquer modo os considera cristãos, embora muito incompletos, tendo aderido à fé (‘Quando abraçastes a fé’) não tinham ainda feito uma opção plenamente cristã, referindo-se, porventura, ora a João Batista ora a Jesus. Paulo explica a esses homens que, no pensamento de João, o Batismo por ele ministrado era o sinal de um regresso a Deus e de uma mudança radical de vida que se teria realizado aderindo ‘Àquele que ia chegar depois dele, isto é, Jesus’ (v. 4). Estes discípulos são agregados à comunidade cristã mediante um duplo sinal eclesial: recebem o Batismo ‘em nome do Senhor Jesus’ (v. 5) e o dom do Espírito Santo pela imposição das mãos de Paulo (v. 6). Renova-se assim o Pentecostes, como em Jerusalém (cf. At 2,1-13) e na casa de Cornélio (cf. At 10,44-46)” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Quaresma - Páscoa] – Paulus).

 Pe. João Bosco Vieira Leite