Quarta, 11 de junho de 2025

(At 11,21-26; 13,1-3; Sl 97[98]; Mt 10,7-13) São Barnabé, apóstolo.

“Então eles jejuaram e rezaram, impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo e deixaram-nos partir” At 13,3.

“Os dois, Paulo e Barnabé, entraram logo em conflito, no início da segunda viagem missionária, porque Barnabé queria tomar como companheiro João Marcos, enquanto Paulo se opunha, já que o jovem se separara deles durante uma viagem anterior (cf. At 13,13; 15,36-40). Portanto, mesmo entre os santos se produzem conflitos, discórdias e controvérsias. E isto me parece muito consolador, pois vemos que os santos não ‘caíram do céu’. São homens como nós, também com problemas difíceis. A santidade não consiste em não equivocar-se nunca, ou em não pecar. A santidade cresce com a capacidade de conversão, de arrependimento, de disposição para voltar e começar, e especialmente com a capacidade de reconciliar e de perdoar. E assim Paulo, que se havia comportado de maneira mais dura com Marcos, no final se reencontra com ele. Nas últimas cartas de São Paulo, a Filemon e na segunda a Timóteo, Marcos aparece como ‘meu colaborador’. Portanto, o que santifica não é o fato de não equivocar-se nunca, mas sim a capacidade de reconciliação e perdão. E todos podemos aprender este caminho de santidade. Barnabé, com João Marcos, voltou a viajar para Chipre (cf. 15,39) por volta do ano 49. A partir deste momento perderam-se seus vestígios. Tertuliano lhe atribui a Carta aos Hebreus, algo a que não falta credibilidade, já que, sendo da tribo de Levi, Barnabé podia ter algum interesse pelo tema do sacerdócio. E a Carta aos Hebreus nos oferece uma interpretação extraordinária do sacerdócio de Jesus” (Bento XVI – Os Apóstolos e os primeiros discípulos de Jesus – Planeta).

 Pe. João Bosco Vieira Leite