Sábado, 19 de julho de 2025

(Ex 12,37-42; Sl 135[136]; Mt 12,14-21) 15ª Semana do Tempo Comum.

“Os filhos de Israel partiram de Ramsés para Sucot. Eram cerca de seiscentos mil homens a pé,

sem contar as crianças” Ex 12,37.

“O breve texto narrativo compõe-se de duas partes: a primeira conta a saída de Israel do Egito, detendo-se sobre o número dos que saíram, sobre as suas classes e sobre a falta de mantimentos para a viagem (vv. 37-39); a segunda apresenta uma descrição da Páscoa, através da indicação do tempo da permanência de Israel no Egito e, sobretudo, a perene qualificação daquela noite como ‘noite de vigília’, para o Senhor e para os Israelitas (vv. 40-42). [Compreender a Palavra:] Israel inicia a caminhada. Depois de anos de escravidão é finalmente um povo livre e pode começar a viagem que o levará à terra dos antepassados. A caminhada para a liberdade tem uma dimensão de urgência que não admite hesitações: parte-se sem se quer preparar mantimentos, que serão necessários ao longo da viagem. Vão também os rebanhos, para indicar não só a riqueza do povo, mas para manifestar também que a escravidão terminou, inclusive para os animais: todo o Israel e tudo o que lhe pertence participa do projeto de libertação de Deus. Israel, além disso, deixa o Egito juntamente com uma grande multidão de outra gente, um modo para sublinhar de novo o motivo de uma libertação que se alarga, envolvendo até quem não pertence diretamente ao povo. É a memória do fato de que em Abraão e na sua descendência todos os povos serão abençoados (cf. Gn 12,3). Pode causar admiração o número extraordinário dos Israelitas que partiram, ‘seiscentos mil homens’ (v. 37), entende sugerir que todo o Israel, mesmo o Israel futuro, estava presente na saída do Egito” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum I] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite