Quarta, 03 de setembro de 2025

(Cl 1,1-8; Sl 51[52]; Lc 4,38-44) 22ª Semana do Tempo Comum.

“... animados pela esperança na posse do céu. Disso já ouvistes falar no Evangelho, cuja palavra de verdade chegou até vós. E como no mundo inteiro, assim também entre vós ela está produzindo frutos e se desenvolve desde o dia em que ouvistes a graça divina e conhecestes verdadeiramente” Cl 1,5-6.

“Os primeiros versículos da Carta à comunidade de Colossos apresentam os remetentes e destinatários (vv. 1-2); segue-se a ação de graças por tudo que Deus continua a realizar no povo, através do apelo daquelas virtudes que são a síntese da vida cristã: a fé, a caridade e a esperança (vv. 3-8). É também referido o nome do ministro de Cristo, Epafras (v. 7), declarando que a graça de Deus, que é um dom que se deve fazer frutificar (v. 6), passa através da experiência do amor comunicado pessoalmente. [Compreender a Palavra:] O começo da Carta corresponde aos esquemas clássicos da epistolografia antiga, em que o remetente se apresenta a si mesmo e dirige uma saudação aos destinatários. Segue-se um ato de ação de graças a Deus, por tudo o que os enviados do Senhor puderam experimentar e verificar na comunidade de Colossos. As virtudes mencionadas (fé, caridade, esperança) são caracterizadas teologicamente e de modo específico: a fé é na Pessoa de Cristo; a caridade é exercício de amor para com todos os que são chamados à santidade, ou seja, para com aqueles que partilham a mesma confiança na Pessoa de Jesus; finalmente, a esperança tem como principal objeto um bem futuro e que se encontra nas mãos de Deus. A esperança cristã é conforme à razão, porque os frutos são visíveis: a graça de Deus veio ao encontro dos homens, produzindo frutos de amor fraterno e convidando todos a crer nas promessas feitas por Cristo, que são a verdade do Evangelho anunciado por Paulo” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum II] – Paulus).

 Pe. João Bosco Vieira Leite