Sexta, 05 de setembro de 2025

(Cl 1,15-20; Sl 99[100]; Lc 5,33-39) 22ª Semana do Tempo Comum.

“Ninguém coloca vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos

e se derrama, e os odres se perdem” Lc 5,37.

“Jesus veio trazer para o homem uma vida nova: a vida da graça, e essa vida requer e faz um novo homem, com nova mentalidade, com novos critérios, com uma nova escala de valores, com um novo modo de ver e de julgar todas as coisas e os acontecimentos. Jesus veio para destruir tudo que é velho, particularmente o homem velho do pecado, destruindo o próprio pecado, que é o que faz envelhecer e o que aproxima da morte; Jesus traz-nos o homem novo com novo sentido da vida. Esse vinho bom, esse homem novo que se forma em Cristo, ‘deve-se pôr em odres novos’ (v. 38), isto é, supõe uma mudança total e profunda, uma verdadeira ‘metanoia’, ou conversão, ao novo regime e ao novo sistema de vida. São Paulo aconselha os primeiros cristãos: ‘Como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivemos uma vida nova’ (Romanos 6,4); é a vida nova do Ressuscitado, a vida nova da graça, a vida nova do espírito e da virtude em contraposição à vida velha do pecado e da matéria. Mais explicitamente ainda, esclarece-nos o apóstolo que ‘aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se faz novo!’ (2Corítios 5,17). Deus tinha criado todas as coisas por Jesus Cristo; em seguida o pecado desorganizou o que Deus tinha criado, e assim Deus voltou a pôr em ordem tudo, recriando todas as coisas em Jesus Cristo. O centro desta ‘nova criação’ é o ‘homem novo’, criado em Jesus Cristo para uma vida nova de justiça e santidade. O ‘homem novo’ (Efésios 2,25) é o protótipo da nova humanidade recriada por Deus na pessoa de Jesus Cristo ressuscitado, depois de ter feito morrer nele, na cruz, o velho Adão corrompido pelo pecado” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

 Pe. João Bosco Vieira Leite