(Eclo 6,5-17; Sl 118[119]; Mc 10,1-12) 7ª Semana do Tempo Comum.
“No entanto, desde o começo da criação,
Deus os fez homem e mulher” Mc
10,6.
“Jesus
pergunta pelo princípio expresso na vontade de Deus em relação ao homem e à
mulher no casamento. Importa-lhe o que corresponde melhor ao ser humano. O que
é realmente bom para as pessoas? O que faz com que o homem e a mulher ser
tornem profundamente um ser uno? Jesus recorda-lhes a intenção original de Deus
em relação ao homem e à mulher: ‘Mas no começo do mundo Deus os fez homem e
mulher; por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se ligará à sua mulher, e
os dois se tornarão uma só carne. Assim, eles são dois, mas uma só carne. Não
separe, pois, o homem o que Deus uniu’ (10,6-9). Jesus não estabelece nenhum
mandamento, ele acentua apenas que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e
os destinou um ao outro. O objetivo da criação consiste na união de ambos. É
uma dádiva de Deus aos seres humanos: no amor conjugal, o homem e a mulher
participam do ser uno de Deus. Na sua união física é lhes dado experimentar o
fim de toda a criação: tornar-se um com Deus. Mas a união física deseja também
a união espiritual, a complementação mútua no caminho da hominização. Por ser
essa a razão mais profunda de sua união, o homem não deve separar o que Deus
uniu. Não se trata de um mandamento. Jesus está falando do sentido do
casamento. O que se tornou uno deve continuar unido. Esse é o desejo mais
profundo do ser humano” (Anselm
Grün – Jesus, mestre da salvação – Loyola).
Pe.
João Bosco Vieira Leite