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Sábado, 10 de maio de 2025

(At 9,31-42; Sl 115[116B]; Jo 6,60-69)

“Muitos dos discípulos de Jesus que o escutaram, disseram: ‘Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” Jo 6,60.

“A obstinação dos adversários de Jesus chegou a contaminar os discípulos. O linguajar acerca do alimento eucarístico parecia-lhes cada vez menos compreensível. O simbolismo das palavras ‘carne, sangue, comer, beber, possuir a vida’ etc., por não ter sido decodificado, não permitia que as pessoas instruíssem o que Jesus realmente queria dizer. A situação agravou-se, quando os próprios discípulos de Jesus começaram a se escandalizar com a linguagem do Mestre. Não se pode ignorar, que eles vivam no mesmo ambiente cultural e teológico dos adversários de Jesus. A superação de seus esquemas mentais não era só uma questão de vontade ou de amizade com Deus. Era coisa muito séria. Os discípulos eram convidados a abrir mão daquele universo teológico rígido e contaminado por uma mentalidade demasiado estreita, para aderir à proposta de Jesus. Esta foi a mesma exigência que o Mestre impôs aos seus adversários.  Muitos discípulos, incapazes de dar o salto qualitativo da fé, optaram por afastar-se do Mestre, aliando-se aos seus adversários. Entretanto, os que permaneceram foram também desafiados a fazer o mesmo. A intervenção de Pedro foi fundamental para recolocar as coisas nos seus devidos lugares. Era inútil correr atrás de outros mestres. Só em Jesus encontram-se palavras de vida eterna. – Espírito de convicção, que eu me deixe convencer pelas palavras de Jesus, e as escolha, na certeza de que, só nelas, conseguirei a vida eterna” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite