Páginas

Quinta, 29 de maio de 2025

(At 18,1-8; Sl 97[98]; Jo 16,16-20) 6ª Semana da Páscoa.

“Em verdade, em verdade vos digo, vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará.

Vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza de transformará em alegria” Jo 16,20.

“A linguagem enigmática de Jesus deixava confusos os discípulos. Estando para concluir seu ministério, referia-se a um tempo de separação, seguido de um tempo de reencontro. Falava em ir para o Pai. No ar, pairava algo de abandono, de ruptura. Os discípulos não se sentiam preparados para enfrentar esta realidade. Também não estavam em condições de compreender o que se passava com Jesus. O pano de fundo das palavras de Jesus tem a ver com o destino de morte e de ressurreição que o esperava. O tempo da não-visão corresponderia à experiência de morte a ser enfrentada por ele. Sem o apoio de sua presença, a comunidade ficaria exposta à tristeza, à confusão, e à zombaria do mundo. Julgando ter alcançado seu objetivo de eliminar o Filho de Deus, seus inimigos teriam motivos para se alegrar com o desespero dos discípulos. O tempo da visão correspondia à Páscoa. Momento de reencontro do Senhor com sua comunidade, sem as limitações do tempo e do espaço. E, por isso, motivo de alegria para os discípulos. Pelo contrário, tempo de tristeza para o mundo, que verá frustrados todos seus intentos de eliminar o Filho de Deus. Ver-se-á derrotado, quando pensava ter sido vitorioso. A alegria sucede à tristeza. Ela é o ponto de chegada para o discípulo que sabe compreender o sentido da morte de Jesus, e se prepara para colhê-lo na Ressurreição. – Espírito de júbilo, transforma, em alegria, a tristeza de meu coração, fazendo-me compreender que o Ressuscitado está vivo, no meio de nós” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite