(Hb 8,6-13; Sl 84[85]; Mc 3,13-19) 2ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus subiu ao monte e chamou os que
ele quis. E foram até ele” Mc
3,13.
“O
chamado dos doze foi de suma importância para o ministério de Jesus.
Superava-se, assim, o risco de cair numa forma de personalismo, no qual tudo
estivesse centrado na sua pessoa, sobrando pouco ou nenhum espaço, até mesmo
para o Pai. Os Evangelhos, pelo contrário, testemunham que o Pai e seu Reino
constituíram os eixos da vida de Jesus, sendo o ponto de convergência de tudo
quanto ele dizia ou fazia. A presença dos doze, no ministério de Jesus,
expressa sua disposição de partilhar com eles a missão recebida do Pai. Como
Jesus, os doze teriam a tarefa de pregar, proclamar a Boa Nova do Reino e
expulsar os demônios, manifestando, assim, a eficácia do Reino na vida de quem
era oprimido por foças malignas. Desde o início, o relacionamento entre Jesus e
seus companheiros de missão foi de proximidade e confiança. Não era usual esta
forma de os mestres tratarem seus discípulos. Em geral, a veneração do
discípulo pelo mestre exigia que se mantivesse uma respeitosa distância entre
eles. Era uma forma de sublinhar o desnível da relação: superioridade do mestre
– inferioridade do discípulo, sabedoria de um – ignorância do outro etc.
Fazendo-se próximos de Jesus, os discípulos são introduzidos numa nova
pedagogia. O Mestre irá instruí-los com o testemunho de sua própria vida,
fazendo-os partilhar de sua missão e destino. – Espírito que predispõe
para o discipulado, dá-me disposição para acolher, com docilidade, o apelo de
Jesus a compartilhar sua missão” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite