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Segunda, 08 de setembro de 2025

(Mq 5,1-4; Sl 70[71]; 12[13]; Mt 1,1-16.18-23) Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria.

“A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e,

antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo” Lc 1,18.

“’Celebremos com alegria a Natividade da bem-aventurada Virgem Maria. De vós, ó Maria, surgiu o Sol de justiça, Cristo, nosso Deus’ (Entrada da Missa). Prelúdio do Natal de Jesus é o nascimento de Maria, porque com o aparecimento de Nossa Senhora neste mundo começa a realização do plano de Deus, isto é, a Encarnação do Verbo. Na Virgem de Nazaré, o Altíssimo prepara-lhe a Mãe. A Mãe prenuncia o Filho, diz que ele está para vir: estão para se tornar histórias antigas promessas de salvação da humanidade. Aqui está toda a grandeza de Maria: é a criatura por Deus escolhida para mãe de seu Unigênito. Preconizou-a Miquéias como ‘aquela que há de dar à luz’ (5,2), designando o tempo de seu parto como o início de nova era quando de ‘Belém de Éfrata... virá quem está destinado a reinar em Israel’ (ibidem, 1). Em Belém, ao nascer Jesus da Virgem Maria, inicia-se a era da salvação messiânica. Portanto, a Natividade de Maria é aurora da Redenção. O nascimento de Nossa Senhora projetará luz sobre toda a humanidade: luz de inocência, de pureza, de graça, aurora do grande Sol que iluminará, que inundará a terra quando aparecer Jesus, ‘Luz do mundo’. Nossa Senhora foi preservada do pecado e cheia de graça em vista dos méritos de Cristo. Assim não só anuncia a Redenção próxima, como também traz em si as primícias dela, como primeira remida de seu divino Filho. Primeira flor desabrochada antecipadamente do mistério pascal de Jesus foi a Imaculada Conceição de Maria, flor que alegrará o mundo e atrairá as complacências do Altíssimo. Depois do Natal de Jesus, nenhum outro nascimento foi tão importante aos olhos de Deus e tão precioso para o bem da humanidade quanto o de Maria. Entretanto, tal evento permanece na sombra. Ninguém o registrou, nada falam dele as Sagradas Escrituras. No silêncio desaparecem as origens de Nossa Senhora, assim como no silêncio desapareceu toda a sua vida. A Natividade de Maria é grandioso acontecimento envolto em profunda humildade, pequenos havemos de ser, e tanto mais ocultar aos nossos olhos e aos dos outros!” (Gabriel de Sta. Maria Madalena, OCD – Intimidade Divina – Loyola)

Pe. João Bosco Vieira Leite