Páginas

Sábado, 06 de setembro de 2025

(Cl 1,21-23; Sl 53[54]; Lc 6,1-5) 22ª Semana do Tempo Comum.

“... eis que agora Cristo vos reconciliou pela morte que sofreu no seu corpo mortal,

para vos apresentar como santos, imaculados, irrepreensíveis diante de si” Cl 1,22.

“Depois de ter lembrado o fundamento teológico da obra de Cristo, mediante o hino (Cl 1,15-20), o autor da Carta aos Colossenses entra no cerne das questões que lhe estão a peito: existe para os cristãos o perigo de se deixarem seduzir por outros mestres e voltarem à condição de estrangeiros e inimigos do Evangelho. As disposições interiores necessárias para permanecerem amigos de Deus são a firmeza na fé recebida e a atitude humilde de se dirigirem, com todo o seu ser, Àquele que nos santifica. [Compreender a Palavra:] O acontecimento da morte de Jesus na Cruz é colocado como o trilho sobre o qual a caminhada de cada homem pode encontrar a reconciliação e a paz. A Cruz tem em si um tal poder de atração, que pode envolver mesmo quem anda muito concentrado (‘estranhos a Deus pelas más ações’, v. 12) nas próprias obras, chamadas ‘más’ porque obedecem à vã tentativa da parte daquele que as cumpre de se afirmar a si mesmo em prejuízo dos outros. A realidade concreta do ‘corpo de carne’ de Cristo (v. 22), suspenso da Cruz, arranca o homem a essa autocondenação e convida-o a dirigir-se Àquele que é o único que pode dar a vida prometida no Evangelho. A finalidade da ‘reconciliação’, operada por Deus por meio de Cristo, é consentir aos homens apresentarem-se diante de Deus ‘santos, puros e irrepreensíveis’ (v. 22), uma vez compreendida a beleza de se deixarem envolver num mistério de graça primeiro estranho, mas agora familiar e amigo. Mas toda a familiaridade e amizade requerem confiança e amor para com a pessoa amada, características essenciais para que se experimentem a solidez e a estabilidade das relações fundamentais” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum II] – Paulus) 

Pe. João Bosco Vieira Leite