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Quinta, 26 de junho de 2025

(Gn 16,1-12.15-16; Sl 105[106]; Mt 7,21-29) 12ª Semana do Tempo Comum.

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus,

mas o que põe em prática a vontade do meu Pai que está nos céus” Mt 7,21.

“Não basta invocar o Senhor, é preciso viver conforme sua santíssima vontade, acomodando nossas obras aos princípios evangélicos. Não basta um cristianismo de fórmula; não são as palavras, mas as obras que fazem com que acreditem em nós, como verdadeiros discípulos do Mestre, como autênticos consagrados ao Senhor. Não basta o exterior, que possamos oferecer ao mundo que nos circunda; não basta viver em comunidade, nem apresentar-se como alma consagrada a Deus, nem ser fiéis a determinados regulamentos, necessários por sua vez. É preciso, antes demais nada, viver íntima e profundamente as palavras do Senhor e viver com plena fidelidade a palavra que nós a ele demos. Porque ele nos falou; falou-nos chamando-nos; e nós escutamos a sua voz e respondemos a essa voz, dando-lhe nossa palavra de fidelidade e de amor. Afirma-se que é a fé que salva. E é muito certo; isso está afirmado muitíssimas vezes na Bíblia, o que não nos permite pôr em dúvida. É o Senhor quem nos salva; por isso o chamamos de nosso Salvador, e como tal o amamos e o adoramos; nunca nos ocorreria pensar que nós temos sido nossos próprios salvadores; seria um despropósito demasiado grosseiro admiti-lo. A palavra de Deus exige decisão, definição, mas uma definição não no campo ideológico, e sim no campo da vida. A fé é um compromisso vital, que compromete toda a vida, todos os ambientes da vida, tudo que faz com que a vida seja nossa vida e que abrange tudo aquilo no qual nós devemos injetar nossa vida. Jesus não quer ser aceito somente como Senhor e Mestre que ensina uma doutrina, mas sobretudo como caminho e uma vida que nós devemos percorrer e viver” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite