(Gn 16,1-12.15-16; Sl 105[106]; Mt 7,21-29) 12ª Semana do Tempo Comum.
“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor,
Senhor’, entrará no Reino dos Céus,
mas o que põe em prática a vontade do
meu Pai que está nos céus” Mt 7,21.
“Não
basta invocar o Senhor, é preciso viver conforme sua santíssima vontade,
acomodando nossas obras aos princípios evangélicos. Não basta um cristianismo
de fórmula; não são as palavras, mas as obras que fazem com que acreditem em
nós, como verdadeiros discípulos do Mestre, como autênticos consagrados ao
Senhor. Não basta o exterior, que possamos oferecer ao mundo que nos circunda;
não basta viver em comunidade, nem apresentar-se como alma consagrada a Deus,
nem ser fiéis a determinados regulamentos, necessários por sua vez. É preciso,
antes demais nada, viver íntima e profundamente as palavras do Senhor e viver
com plena fidelidade a palavra que nós a ele demos. Porque ele nos falou;
falou-nos chamando-nos; e nós escutamos a sua voz e respondemos a essa voz,
dando-lhe nossa palavra de fidelidade e de amor. Afirma-se que é a fé que
salva. E é muito certo; isso está afirmado muitíssimas vezes na Bíblia, o que
não nos permite pôr em dúvida. É o Senhor quem nos salva; por isso o chamamos
de nosso Salvador, e como tal o amamos e o adoramos; nunca nos ocorreria pensar
que nós temos sido nossos próprios salvadores; seria um despropósito demasiado
grosseiro admiti-lo. A palavra de Deus exige decisão, definição, mas uma
definição não no campo ideológico, e sim no campo da vida. A fé é um compromisso
vital, que compromete toda a vida, todos os ambientes da vida, tudo que faz com
que a vida seja nossa vida e que abrange tudo aquilo no qual nós devemos
injetar nossa vida. Jesus não quer ser aceito somente como Senhor e Mestre que
ensina uma doutrina, mas sobretudo como caminho e uma vida que nós devemos
percorrer e viver” (Alfonso
Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano –
Ave-Maria).
Pe.
João Bosco Vieira Leite