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Quarta, 16 de abril de 2025

(Is 50,4-9; Sl 68[69]; Mt 26,14-25) Semana Santa.

“... e disse: ‘O que me dareis se vos entregar Jesus?’ Combinaram, então, trinta moedas de prata” Mt 26,15.

“Insiste-se na traição de Judas, dando-se detalhes da mesma, a fim de demonstrar por um lado o procedimento vil do apóstolo traidor e, por outro, a bondade e infinita compaixão de Jesus, que, sabendo quem devia ser o traidor, no entanto trata-o até o último momento com amizade paciente, oferecendo-lhe o perdão. Porém a preocupação de ser mais e de ter mais rompera em Judas a comunicação com o amigo. Judas não se contenta em atraiçoar o Mestre, mas nem sequer tem as mínimas exigências, como se não apreciasse a mercadoria que estava oferecendo: ‘O que quereis dar-me?’ Nós, cristãos, atualmente não costumamos ser mais exigentes que Judas. Também costumamos perder a graça de Deus, que é o mesmo que perder Jesus, sem atribuir-lhe valor: simplesmente por uma comodidade passageira, ou por preguiça inibitória, ou por um interesse material, isto é, por um punhado de moedas ou notas, por um negócio duvidoso, quando não por falsa vergonha, ou por medo bobo. Por coisas parecidas, agimos contra nossa consciência e perdemos a companhia de Jesus Cristo, que não pode permanecer num coração que não seja reto e limpo” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite